sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Enxaqueca: características, tratamento e novidades

Cefaleia é uma queixa comum nos consultórios de várias especialidades, não só de neurologia. De acordo com o estudo Global Burden of Disease de 2010, a cefaleia do tipo tensional e a Enxaqueca (Migrânea) são a segunda e a terceira doenças mais comuns no mundo, atrás apenas das cáries dentárias.

Estas doenças podem ser incapacitantes, e a prevalência média de Enxaqueca no Brasil é de 15,8%, sendo mais prevalente entre as mulheres (28,8% versus 14,4% nos homens). 

A Enxaqueca é considerada uma cefaleia primária e pode ser diferenciada dos outros tipos de cefaleias primárias e secundárias por ter características específicas, como ser episódica e, no momento da crise, ser pulsátil, de intensidade moderada a grave, normalmente unilateral e com dores que duram entre 4 e 72 horas. É frequentemente associada a náuseas e vômitos e/ou acompanhada de fotofobia, fonofobia e, às vezes, sensibilidade a cheiros. É comum que o paciente prefira permanecer em um local escuro e silencioso, evitando a prática de atividades físicas. 

Cerca de um terço dos pacientes com Enxaqueca têm aura, que é caracterizada por sintomas visuais que duram de cinco minutos a 20 minutos e antecedem a cefaleia, mas há pacientes que apresentam aura sem que a dor de cabeça ocorra. É preciso diferenciar a aura de um ataque isquêmico transitório. 
O tratamento da Enxaqueca se divide em duas etapas: tratamento abortivo, feito durante as crises, e profilático, usado para prevenir futuros episódios.

Tratamento da crise

O objetivo do tratamento é o alívio imediato da dor do paciente (em até duas horas) e o alívio sustentado (de até 24 h).

O tratamento da crise é feito com analgésicos simples, como dipirona e paracetamol, anti-inflamatórios não esteroides, como naproxeno, tenoxicam, cetoprofeno, ibuprofeno, entre outros, além da combinação de analgésicos, antieméticos e triptanos, sendo que estes últimos são os únicos medicamentos específicos para o tratamento da crise de Enxaqueca.
Deve-se evitar o uso de opioides.

Profilaxia

O objetivo da profilaxia é reduzir a frequência, intensidade e duração das crises, e a incapacitação decorrente, além de minimizar o uso de sintomáticos e suas possíveis consequências, como cefaleia de rebote e cefaleia por uso excessivo de medicamentos. A profilaxia é indicada também para reduzir a possível progressão da doença, além dos custos envolvidos. A Enxaqueca episódica pode se transformar em crônica por várias razões, principalmente pelo uso excessivo de analgésicos. Lembrando, o simples fato de não tratar, faz com que a doença cronifique.

Para isso, a profilaxia deve ser indicada quando a frequência das crises é maior do que três vezes por mês ou o grau de incapacidade é importante, havendo interferência significativa no cotidiano do paciente apesar do tratamento sintomático da crise. Além disso, a profilaxia é indicada caso o sintomático seja ineficaz em função do uso excessivo ou de efeitos colaterais importantes.
Em subtipos especiais de Enxaqueca, como basilar, hemiplégica, com aura prolongada ou com auras frequentes e atípicas, e no infarto enxaquecoso, a profilaxia também é recomendada.

Quando a profilaxia não farmacológica falha, é indicada a farmacológica. Dentre as medidas preventivas não farmacológicas estão: orientar o paciente a manter um ciclo regular de sono, ter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regularmente e limitar o uso de analgésicos. Acupuntura, psicoterapia e orientação alimentar, bem como a recomendação de evitar alimentos que seguramente desencadeiam crises, além da cafeína, fazem parte dessas recomendações.

A estimulação elétrica não invasiva é também uma opção profilática não farmacológica, na qual se faz uma estimulação elétrica dos nervos suborbitais e subcocleares, ramos do trigêmeo (utilizando um aparelho chamado CEFALY).

O uso diário desse estimulador provoca redução das crises. É um tratamento aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) norte-americana, pela agência europeia e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Pode ser usado quando o tratamento farmacológico for contraindicado.

Profilaxia farmacológica

Entre as medidas farmacológicas, há algumas classes farmacológicas utilizadas na prevenção da Enxaqueca:

Bloqueadores beta-adrenérgicos: atenolol, propranolol, metoprolol e nadolol. Os principais efeitos colaterais desta classe farmacológica são: hipotensão arterial, bradicardia, sonhos vívidos, terror noturno, insônia, astenia, impotência sexual e broncoespasmo.

Antidepressivos tricíclicos: amitriptilina e nortriptilina. Os principais efeitos colaterais são: sonolência, ganho ponderal, constipação intestinal, taquicardia, ressecamento das mucosas, hipotensão postural, alteração da libido e retenção urinária.

Bloqueador dos canais de cálcio: flunarIzina. Os principais efeitos colaterais são: sonolência, ganho ponderal, depressão, síndromes extrapiramidais, astenia, mialgia e parestesias.

Antagonista serotoninérgico: pizotifeno. Os principais efeitos colaterais são: sonolência, ganho ponderal, xerostomia, náuseas, vertigens e constipação intestinal.

Anticonvulsivante: divalproato de sódio e topiramato. Os principais efeitos colaterais do divalproato são: sonolência, ganho ponderal, alopecia, ataxia, epigastralgia, náuseas e hepatopatia. E os principais efeitos colaterais do topiramato são: sonolência, parestesias, perda ponderal, alterações cognitivas e gustativas, anorexia e diarreia. Tiagabina, vigabatrina, zonisamida também podem ser usadas, embora façam parte de um grupo farmacológico que requer mais estudos comprobatórios na prevenção de migrânea. No entanto, um grupo de pacientes parece se beneficiar com sua utilização.

Toxina botulínica: é indicada quando o paciente apresenta dor por mais de 15 dias no mês. Não há eventos adversos relacionados com a aplicação correta de toxina botulínica.

Anti-hipertensivos: candesartana e lisinopril também podem ser usados, embora necessitem de mais estudos comprobatórios de suas eficácias para migrânea.

Antipsicóticos: quetiapina também é uma alternativa, mas ainda serão necessários mais estudos para que a eficácia seja comprovada.

Anticoagulantes: varfarina também é considerada um medicamento alternativo, mas serão necessários mais estudos para comprovar a eficácia.

Cofatores enzimáticos: riboflavina, piridoxina, magnésio e coenzima Q10. Os cofatores enzimáticos não são usados como recomendação A na maioria dos consensos, mas estão presentes para tratamento de migrânea episódica (< 15 dias por mês). Há estudos pequenos, mas de boa qualidade, que mostram a eficácia da coenzima Q10 e da riboflavina.

No caso do magnésio, há menos evidências. Os cofatores enzimáticos acabam sendo usados quando o paciente não quer tomar medicamentos ou tem alguma restrição. A sua eficácia, porém, não parece ser a mesma dos outros medicamentos.

Fitoterápicos: Tanacetum parthenium.

Os medicamentos são escolhidos de acordo com o perfil dos efeitos colaterais, as interações medicamentosas, o custo, a ação nas comorbidades, a eficácia relativa do medicamento, o tipo de Enxaqueca e algumas particularidades, como gestação, aleitamento e idade do paciente.
Se juntamente com a Enxaqueca o paciente tiver depressão, por exemplo, prefere-se o uso de antidepressivos. Se tiver epilepsia, o uso de um anticonvulsivante também poderá auxiliar na prevenção das crises de Enxaqueca, além de tratar a doença de base. Se tiver hipertensão, a escolha é o uso de bloqueadores beta-adrenérgicos.

Por outro lado, há algumas contraindicações que impedem de usar determinados medicamentos. Não usar bloqueadores beta-adrenérgicos em pacientes com asma brônquica, bloqueio atrioventricular de 2º e 3º graus, bradicardia e diabetes, assim como não é indicado o uso de antidepressivos em pacientes com glaucoma e hiperplasia da próstata.

Não são indicados bloqueadores dos canais de cálcio para pacientes com humor depressivo, parkinsonismo e obesidade. Anticonvulsivantes são contraindicados para os pacientes com discrasias sanguíneas e hepatopatias.

Existem algumas estratégias essenciais na profilaxia da Enxaqueca:

Suspender o uso excessivo de medicamentos nas crises;

Iniciar com baixa dose e aumentar gradativamente;

Dar preferência à monoterapia;

Estar familiarizado com os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados;

Avaliar cada esquema terapêutico no mínimo dois meses;

Fazer um diário da cefaleia; e

Manter a profilaxia por, pelo menos, um ano após controlar o quadro.

A novidade: anticorpos monoclonais para prevenção da Enxaqueca.

Recentemente, foram lançados anticorpos monoclonais, os únicos medicamentos específicos para o tratamento preventivo da Enxaqueca. 
Já foram liberados pela FDA: erenumabe, galcanezumabe, fremanezumabe e eptinezumabe. No Brasil, os aprovados pela Anvisa até o momento são erenumabe e galcanezumabe. A nova classe farmacológica trouxe esperança aos neurologistas por apresentar poucos efeitos colaterais. 

A diferença é que esses anticorpos monoclonais são específicos e voltados a um mecanismo que hoje é conhecido como parte do mecanismo fisiopatológico da migrânea, ao passo que, nos outros medicamentos, o efeito preventivo foi descoberto ao acaso e, em alguns casos, até hoje não se sabe exatamente porque funcionam.

Os anticorpos monoclonais são isentos de efeitos colaterais. O anticorpo vai agir exatamente contra um peptídeo chamado CGRP – peptídeo relacionado com o gene da calcitonina – que age no desencadeamento da dor. Os estudos feitos até agora mostraram que alguns pacientes ficam sem dor já na primeira dose. Os medicamentos não são de uso diário, mas mensal.

O CGRP provoca dilatação arterial, provocando a dor típica da Enxaqueca. Com essa constatação, os pesquisadores começaram, então, a pensar em criar um fármaco que bloqueasse a ação desse peptídeo. Depois de três década de estudos, chegou-se a esses fármacos. O problema, porém, ainda está no preço dos medicamentos.

Nos Estados Unidos, a dose custa em torno de 500 dólares, só que é preciso usar mensalmente. Os medicamentos aprovados no Brasil ainda não foram precificados.

É uma esperança muito grande para os neurologistas, porque é um medicamento específico para Enxaqueca, e não foram observados efeitos colaterais. Os outros medicamentos preventivos têm muitos efeitos, sendo o principal deles o ganho ponderal, isso é problemático, quando se trata de pacientes que não querem ganhar peso, o que faz com que muitos abandonem o tratamento.

Novos medicamentos em estudo

Existem outros medicamentos em estudo que, no futuro, devem chegar para compor o arsenal terapêutico no tratamento da Enxaqueca. Conheça alguns:

Gepants: ubrogepant e rimegepant são antagonistas do receptor do gene relacionado com o peptídeo da calcitonina que estão em ensaios clínicos de fase 3, e têm previsão de aprovação nos Estados Unidos em 2020. Os fármacos serão destinados ao tratamento das crises de migrânea.

Lasmiditana: agonista do receptor de serotonina HT1S, a lasmiditana se liga com alta afinidade ao receptor 5-HT1F. O fármaco obteve aprovação recente (outubro) pela FDA para o tratamento das crises de Enxaqueca com ou sem aura, não sendo indicado para a profilaxia.




quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Novas medicações a base de anticorpos monoclonais para Enxaqueca

Os anticorpos monoclonais anti-CGRP são as mais novas terapias contra a enxaqueca ou migrânea.
CGRP significa Calcitonin Gene-Related Peptide e representa um dos peptídeos envolvidos na cascata de fenômenos químicos que são observados durante uma crise de dor de cabeça em pacientes com enxaqueca. Além disso, o CGRP é um dos mais potentes vasodilatadores de nosso organismo. O seu antagonismo ou bloqueio, bem como o bloqueio de seu receptor, podem desempenhar papel importante na prevenção ou no combate as crises de dor de cabeça da enxaqueca.

São 4 os anticorpos desenvolvidos e no final de 2018, apenas 3 haviam sido aprovados para uso clínico nos Estados Unidos. No Brasil, em 25 de março de 2019, o Erenumabe (Pasurta) foi aprovado pela ANVISA para comercialização aqui. Estima-se que três meses após esta data já se conheçam os preços em nosso país e a data provável para comercialização. O Fremanezumabe (Ajovy ), da TEVA, provavelmente estará disponível no final de 2019 ou início de 2020 e o Galcanezumabe (Emgality) da Lilly foi aprovado pela ANVISA na última semana de julho de 2019. O quarto anticorpo monoclonal anti-CGRP, o Epitnezumabe provavelmente não será lançado no Brasil.

Estes novos medicamentos devido a tolerabilidade e facilidade com que são usados, em injeções subcutâneas administradas a cada intervalo de um mês, os torna bem melhores em termos de adesão e menos efeitos colaterais. A análise dos estudos disponíveis sugere que todos os três já aprovados para uso clínico têm eficácia similar e talvez a variação nos esquemas de doses é que faça a grande diferença entre os vários tipos de pacientes. O Fremanezumabe por exemplo, foi estudado em doses de 225 mg a cada 30 dias ou 675 mg de uma só vez a cada três meses. Creio que esses anticorpos serão usados por muitos pacientes em conjunto com os medicamentos já existentes e raramente serão usados como terapia única para enxaqueca.
Sofre de Enxaqueca? Agende sua consulta no Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca, através do site: www.cente.net.br ou pelo Whatsapp: 12.99639.6954



domingo, 17 de novembro de 2019

Enxaqueca: um mal que acomete milhares de pessoas



A população mundial em Abril de 2019 foi estimada em 7,7 bilhões de pessoas, a prevalência de Enxaqueca gira em torno de 11%.
Seguindo estes números são 874 milhões de seres humanos padecendo de Enxaqueca. Somente no Brasil são cerca de 30 milhões de pessoas.
E é esta a principal missão do Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CENTE), uma clínica médica que aborda e trata há décadas de uma das formas mais frequentes de dor, que é a Enxaqueca.

Enxaqueca tem tratamento. Viva sem Dor. Agende sua consulta:
Fone: (12) 3629.4129
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terça-feira, 22 de outubro de 2019

QUEM SOMOS

Esta introdução explica o papel do Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CENTE). Convém ressaltar, que a dor talvez seja a principal determinante do sofrimento humano. E é esse o principal objetivo do CENTE, que aborda e trata uma das formas mais frequentes de dor, que é a enxaqueca. A enxaqueca, além de produzir sofrimento e incapacidade, é seguramente à causa mais comum de afastamento do trabalho, gerando um enorme ônus para a sociedade. Por essas razões deve ser considerado um sério problema de saúde pública.
E é esta a principal missão do Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CENTE), uma clínica médica que aborda e trata há décadas de uma das formas mais frequentes de dor, que é a Enxaqueca.

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Horário de Atendimento:
Segunda à sexta
das 14h00 às 18h00
(exceto sábados, domingos e feriados)

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

MEDICAÇÕES A BASE DE ANTICORPOS MONOCLONAIS PARA ENXAQUECA

Os anticorpos monoclonais anti-CGRP são as mais novas terapias contra a enxaqueca ou migrânea.
CGRP significa Calcitonin Gene-Related Peptide e representa um dos peptídeos envolvidos na cascata de fenômenos químicos que são observados durante uma crise de dor de cabeça em pacientes com enxaqueca. Além disso, o CGRP é um dos mais potentes vasodilatadores de nosso organismo. O seu antagonismo ou bloqueio, bem como o bloqueio de seu receptor, podem desempenhar papel importante na prevenção ou no combate as crises de dor de cabeça da enxaqueca.

São 4 os anticorpos desenvolvidos e no final de 2018, apenas 3 haviam sido aprovados para uso clínico nos Estados Unidos. No Brasil, em 25 de março de 2019, o Erenumabe (Pasurta) foi aprovado pela ANVISA para comercialização aqui. Estima-se que três meses após esta data já se conheçam os preços em nosso país e a data provável para comercialização. O Fremanezumabe (Ajovy ), da TEVA, provavelmente estará disponível no final de 2019 ou início de 2020 e o Galcanezumabe (Emgality) da Lilly foi aprovado pela ANVISA na última semana de julho de 2019. O quarto anticorpo monoclonal anti-CGRP, o Epitnezumabe provavelmente não será lançado no Brasil.

Estes novos medicamentos devido a tolerabilidade e facilidade com que são usados, em injeções subcutâneas administradas a cada intervalo de um mês, os torna bem melhores em termos de adesão e menos efeitos colaterais. A análise dos estudos disponíveis sugere que todos os três já aprovados para uso clínico têm eficácia similar e talvez a variação nos esquemas de doses é que faça a grande diferença entre os vários tipos de pacientes. O Fremanezumabe por exemplo, foi estudado em doses de 225 mg a cada 30 dias ou 675 mg de uma só vez a cada três meses. Creio que esses anticorpos serão usados por muitos pacientes em conjunto com os medicamentos já existentes e raramente serão usados como terapia única para enxaqueca.
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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

ANVISA APROVA MEDICAMENTO INÉDITO PARA ENXAQUECA

O Pasurta (Erenumabe) é destinado à prevenção das crise de Enxaqueca.
A previsão é que o tratamento esteja disponível à partir de novembro deste ano.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em 25 de Março, o primeiro tratamento específico para a prevenção da enxaqueca.
O Erenumabe é um medicamento biológico que reduz pela metade as terríveis e temíveis crises, em 50% dos pacientes, segundo os estudos realizados antes de seu lançamento.

Até hoje, todos os tratamentos contra enxaqueca agiam de forma indireta no tratamento da dor. O Erenumabe é o primeiro medicamento desenvolvido especificamente para a doença.
É injetável, e a seringa é semelhante à da aplicação de insulina para o diabetes, pode ser aplicada pelo próprio doente, no abdômen, no braço ou na perna.

Nos Estados Unidos, o medicamento foi aprovado em maio de 2018. Ainda não se sabe quanto custará o tratamento em nosso país.

O valor de venda de um medicamento só é definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) em até 90 dias após a aprovação da Anvisa. A definição do preço tem como base o menor custo praticado em uma lista de países em que o produto já é comercializado, como Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Espanha, França, Grécia, Itália, Portugal e EUA.

Fabricada pela Novartis, a previsão é que o Pasurta (nome comercial do Erenumabe) esteja disponível para os pacientes via clínicas para aplicações e delivery em seringas em dose única.
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NOVO MEDICAMENTO ESPECÍFICO PARA ENXAQUECA

Aprovado nos EUA e na Europa, Emgality (galcanezumabe) da Eli Lilly tem fácil administração, o que pode facilitar e aumentar a adesão por parte do paciente
A Anvisa acaba de aprovar no Brasil o Emgality (galcanezumabe), indicado para a prevenção em adultos que apresentem pelo menos quatro dias de enxaqueca por mês. Em formato de caneta aplicadora, a terapia é composta por uma injeção subcutânea autoadministrável, uma vez por mês, com uma dose de ataque de 240 mg inicialmente. O dispositivo já vem pronto para uso e foi desenvolvido com o objetivo de minimizar o desconforto da aplicação e aumentar a adesão ao tratamento. A caneta é descartável, possui uma agulha de pequeno calibre e não visível, com dose única de 120mg e sem necessidade de ajuste. Além disso, conta com um mecanismo que permite confirmar a aplicação da dose.

A eficácia e segurança de Emgality em três estudos clínicos que reuniram mais de 2.500 pacientes. Os trabalhos que avaliaram pacientes com até 14 episódios de enxaqueca por mês mostraram, entre o primeiro e o sexto mês, uma redução de 50% no número de dias de enxaqueca em mais da metade dos pacientes estudados, atingindo 100% de redução em alguns casos.
A expectativa é de que Emgality (galcanezumabe) esteja disponível para comercialização em Outubro de 2019.

Sobre Emgality

Emgality (galcanezumabe) é um anticorpo monoclonal que se liga ao peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e bloqueia sua ligação ao receptor. O medicamento atua por meio de uma injeção subcutânea, uma vez por mês, com autoadministração facilitada por meio de uma caneta aplicadora.
Nova esperança surge para os sofredores de Enxaqueca.
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FDA APROVA FREMANEZUMABE COMO NOVA MEDICAÇÃO PREVENTIVA PARA ENXAQUECA

A Food and Drugs Administration (FDA) dos Estados Unidos aprovou o Fremanezumabe da farmacêutica Teva, comercializado com nome Ajovy®, para profilaxia de enxaqueca em adultos. O medicamento é um anticorpo monoclonal que inibe a molécula CGRP, que está relacionada à ativação da doença e duração da dor.

O medicamento, pode ser injetado em doses trimestrais, chegando a diminuir pela metade o número de crises de Enxaqueca.

A aprovação desta nova opção terapêutica baseou em dois estudos clínicos controlados com placebo. Participaram 2.0005 pacientes com enxaqueca incapacitante, tanto crônica como episódica, que utilizavam ou não outros tratamentos preventivos orais.

Os experimentos duraram 12 semanas e, como resultado, houve a redução de 50% ou mais nos dias com dor de cabeça por mês em 41% dos casos. Os eventos adversos mais comuns foram reações no local da injeção.

O Ajovy® estará disponível em dose de 225 mg, administrada mensalmente como injecção subcutânea, ou em dose de 675 mg de três em três meses (trimestral), administrados em três injeções subcutâneas. A medicação pode ser administrada no consultório por um profissional de saúde ou em casa pelo próprio paciente.
Este novo medicamento com resultados animadores traz novas esperança para os sofredores de Enxaqueca.
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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

SOFRE DE ENXAQUECA? PREPARE-SE PARA A CONSULTA COM O NEUROLOGISTA

O primeiro passo para quem sofre com constantes crises de dor de cabeça é procurar entender o seu diagnóstico e fazer um acompanhamento adequado com um neurologista, até porque o quadro clínico de cada paciente é individual.
Mais da metade dos adultos com a doença não tiveram um diagnóstico correto e, portanto, não são tratados. É importante saber que o acompanhamento médico tem como objetivo garantir qualidade de vida ao paciente.

Para o tratamento funcionar, permitindo que o paciente tenha uma vida mais próxima possível do normal, o empenho no tratamento precisa ser feita de ambos os lados. O neurologista faz a parte dele, mas é preciso que o paciente também ajude. Como ajudar o médico? O primeiro passo é levar informações detalhadas para as consultas.

Faça um diário da enxaqueca

Todo paciente deve fazer um diário da enxaqueca.  Nele, devem ser registrados detalhes do dia a dia. É importante detalhar ao máximo – isso ajudará o neurologista (e o próprio paciente) a perceber estímulos que provocam as dores de cabeça. As informações serão úteis para que o médico busque tornar o tratamento mais efetivo.

O diário precisa necessariamente registrar sintomas, datas e duração das crises, intensidade e localização da dor, ingestão de medicamentos, padrões de sono. A meta é identificar gatilhos, como noites mal dormidas, alimentos, ciclo menstrual, entre outros fatores.

Algumas perguntas que o médico poderá fazer

O neurologista fará perguntas ao paciente buscando coletar informações para chegar a um diagnóstico mais preciso. Então, o melhor é ir para a consulta com as respostas a estas perguntas:

- Há quanto tempo você tem as crises de dor de cabeça?

- Com que frequência elas ocorrem?

- Quais outros sintomas você sente?

- Já identificou gatilhos para as crises, o que as provoca?

- Descreva a dor (região da cabeça e intensidade).

- Está tomando algum tipo de analgésico por conta própria?

- Alguém muito próximo na família tem enxaqueca?

Procure se informar ao máximo e prestar muita informação

Na consulta, sempre procure extrair do médico o máximo de informação. Não fique com receio de perguntar nem vá pra casa com dúvidas. Um paciente bem orientado é bom para neurologista também. E conhecimento evita ansiedade ou preocupações desnecessárias. Leve anotadas suas perguntas para que não deixe o consultório sem ter as dúvidas respondidas.

Lembre-se, cooperando com o neurologista você pode reduzir as crises de dor de cabeça e o impacto delas na sua vida familiar e profissional.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

NOVO MEDICAMENTO ESPECÍFICO PARA ENXAQUECA

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a população mundial em Abril de 2019 foi estimada em 7,7 bilhões de pessoas, a prevalência de Enxaqueca gira em torno de 11%.
Seguindo estes números são 874 milhões de seres humanos padecendo de Enxaqueca. Somente no Brasil são cerca de 30 milhões de pessoas.

Foi por entender que dores de cabeça não devem ser ignoradas e sim levadas a sério e tratadas que fundamos o CENTE (Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca: www.cente.net.br), uma clínica médica que aborda e trata há décadas de uma das formas mais frequentes de dor, que é a Enxaqueca.

Nestes anos de funcionamento, mais de 4 mil pacientes foram atendidos e cadastrados. A cada três meses retornam para uma nova avaliação. A cada ano pelo menos 120 novos pacientes buscam tratamento para as incômodas dores de cabeça em nossa clínica.

As dores de cabeça representam a décima das vinte maiores causas de procura a consultórios médicos e a quarta causa de procura a serviços de emergência (National Center for Health Statistics, EUA, 2002).

Um novo tratamento foi aprovado no Brasil pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa ), é a primeira medicação especifica para Enxaqueca. Trata-se de uma nova classe de medicamentos com anticorpos monoclonais, que agem inativando os receptores do neuropeptídeo vasoativo inflamatório CGRP (Da sigla do nome inglês: calcitonin-gene related peptide), que é produzido de forma exacerbada nos vasos cerebrais e terminações do nervo trigêmio de pessoas com enxaqueca.

A nova terapia atua na inibição deste peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, conhecido como CGRP, molécula responsável por desencadear as crises de Enxaqueca. E deverá ser aplicada por meio de uma injeção subcutânea mensal, através de um dispositivo similar a uma agulha de insulina. No próximo mês (Outubro de 2019), começará a ser comercializada no Brasil. E nossa clínica estará se credenciando para disponibilizar e prescrever este novo medicamento.

Este é o primeiro medicamento criado para prevenir enxaquecas, e essa nova droga pode tornar as crises de enxaqueca menos severas e reduzir a sua frequência em 50% ou mais, de acordo com estudos, além de não apresentar efeitos colaterais. Alguns pacientes chegaram inclusive a se livrar por completo da dor de cabeça.

Esta é a primeira de uma nova classe de medicamentos de ação prolongada para tratar enxaquecas.
Esta nova medicação representa uma nova esperança no tratamento da Enxaqueca. Portanto, com esta droga inicia-se uma nova era no tratamento das pessoas que sofrem da forma mais severa de dor de cabeça.

*Dr.Fernando Ortiz, neurologista, especialista em tratamento de dores de cabeça e Enxaqueca, diretor clínico do Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca: www.cente.net.br
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segunda-feira, 29 de julho de 2019

Enxaqueca: um mal que afeta milhões de pessoas


Ter dor de cabeça já ruim, agora imagine conviver com crises de dor acompanhadas de sensibilidade à luz, ao som e náuseas. Essas são as características da enxaqueca, tipo de cefaleia que afeta 15 a cada cem brasileiros, cerca de 30 milhões de pessoas. Como consequência, há ainda o impacto social e emocional, o que leva a mudanças no dia a dia.
Segundo estudos 82% dos brasileiros que têm enxaqueca afirmam que sofrem com o impacto social das dores e relatam não conseguir cumprir todas as atividades diárias. Mais de 50% se sentem impossibilitados de comparecer a eventos sociais e 30% não conseguem praticar exercícios físicos.
Trata-se de uma doença complexa que envolve várias áreas do cérebro e tem como manifestação predominante a dor de cabeça. Os demais sintomas, como náuseas, vômitos e sensibilidade à luz, som e odores, são o que diferencia a enxaqueca de uma dor de cabeça comum e determina o diagnóstico.
Outros fatores diferenciais são: o local da cabeça que dói (geralmente de um lado só); a intensidade (moderada a forte); e o tipo de dor (latejante). A ocorrência de crises de dor também é uma característica marcante. Exames de imagem ou laboratoriais não dão diagnóstico de enxaqueca, apenas excluem outras causas caso haja dúvida no diagnóstico.
Dos mais de 11 mil participantes desta pesquisa, 74% disseram que ficam, em média, 19 horas por mês isolados no escuro devido à enxaqueca. Mais de 80% têm dificuldades para dormir, sentem-se depressivos e não compreendidos. No entanto, 57% relataram pelo menos um aspecto positivo, como aprender a lidar com o quadro, tornando-se uma pessoa mais forte.
No Brasil, 42% associam enxaqueca à depressão e 20% têm autoestima baixa. Crises de enxaqueca e depressão podem estar relacionadas de maneiras variadas, ambas podem ser causadas por distúrbios químicos cerebrais similares e também podem se relacionar à genética.
Sobre enxaqueca o que se sabe é que fatores ambientais e genéticos podem desencadear as crises e um dos problemas recorrentes de quem sofre com a doença é a automedicação, e a busca por um neurologista acaba postergada para quando os sintomas se tornam graves. O diagnóstico costuma ser complexo, pois os sintomas podem sugerir outras doenças.
A doença também tem impacto nas atividades laborais dos pacientes, sendo que 45% dos brasileiros afirmam ter redução de desempenho e 17% alegam faltar ao trabalho devido à enxaqueca. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o quadro é a sexta enfermidade mais incapacitante no mundo.
O tratamento para enxaqueca é feito de duas formas, que são até simultâneas: o tratamento agudo (sintomático), com medidas para cortar a crise quando ela já está instalada e o tratamento preventivo para evitar que venham as dores. Este último é o mais importante para tratar dores que são recorrentes, que ocorre três ou mais vezes por mês.
O paciente com enxaqueca deve ser tratado com drogas profiláticas e específicas, que são tomadas uma vez por dia. Elas atuam em vários mecanismos geradores da enxaqueca. São usados medicamentos antidepressivos, betabloqueadores, anticonvulsivantes, além de outras classes. Recentemente, medicações de uso subcutâneo, tomados uma vez por mês, têm mostrado resultado promissor pelo efeito positivo e boa tolerância.
Para quem recorre aos analgésicos quando as dores de cabeça surgem, cuidado aos usá-los sem tratar as causas da enxaqueca pode agravar o quadro. É como tomar antitérmico para febre de uma infecção bacteriana sem dar o antibiótico. As propagandas de analgésicos induzem os pacientes à automedicação e isso é muito prejudicial, pois leva a pessoa que sofre de enxaqueca a se iludir com o uso de medicações que não vão resolver o problema, apenas dar alívio temporário. Indo gradativamente piorando o quadro clínico. Portanto, se sofre com Enxaqueca, agende sua consulta no Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca, através do site: www.cente.net.br ou pelo Whatsapp: 12.99639.6954.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

VIVA SEM DOR!

TRATE DE SUA ENXAQUECA!

Agende sua consulta no Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CENTE), uma clínica médica voltada para o tratamento de Enxaqueca.
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sábado, 29 de junho de 2019

Quem Somos


O Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca, encontra-se também empenhado em promover a conscientização sobre a doença neurológica mais comum no mundo, a enxaqueca. A enxaqueca acomete 1 em cada 7 pessoas no planeta e, junto com outras cefaleias, é uma das principais causas de incapacidade no mundo. Apesar de amplo impacto, a enxaqueca ainda é muito subestimada, subdiagnosticada, e subtratada.
Sigam nossas páginas na rede social que sempre estaremos divulgando mais informações sobre este grande mal.
Segundo dados da OMS, a população mundial em Abril de 2019 foi estimada em 7,7 bilhões de pessoas, a prevalência de Enxaqueca gira em torno de 11%.
Seguindo estes números são 874 milhões de seres humanos padecendo de Enxaqueca. Somente no Brasil são cerca de 30 milhões de pessoas.
Estamos comprometidos com a causa de milhões de pessoas, e esta é a principal missão do Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CENTE), uma clínica médica que trata há décadas de uma das formas mais frequentes de dor, que é a Enxaqueca.
Agende sua consulta através do site: www.cente.net.br ou pelo Whatsapp: 12.99639.6964
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domingo, 23 de junho de 2019

ENTENDENDO A ENXAQUECA

A população mundial em Abril de 2019 foi estimada em 7,7 bilhões de pessoas, a prevalência de Enxaqueca gira em torno de 11%.
Seguindo estes números são 874 milhões de seres humanos padecendo de Enxaqueca.
É considerada a sexta doença mais incapacitante do mundo pela Organização Mundial de Saúde.
Somente no Brasil são cerca de 30 milhões de pessoas, segundo estes mesmos dados da OMS.
Novos medicamentos, específicos para esse tipo de dor de cabeça, devem chegar ao mercado brasileiro no segundo semestre deste ano.

A enxaqueca foi por muitos anos desprezada no campo científico. O desdém pela doença genética, e até hoje sem cura, resultou em improvisadas opções de tratamentos para aliviar a dor: os medicamentos mais usados hoje vieram de outras áreas, como anticonvulsivantes, anti-hipertensivos e antidepressivos. Mas o cenário vem mudando. Em 2018, chegaram ao mercado internacional os primeiros fármacos com finalidade específica para esse tipo de dor de cabeça. Até o fim do semestre deste ano, devem começar as vendas no Brasil dessa nova classe de medicamentos chamada Erenumabe, que são anticorpos monoclonais anti-CGRP, medicamentos biológicos a serem utilizados uma vez por mês e que agem diretamente na molécula causadora da dor.

Nos Estados Unidos, mostraram ser mais eficazes do que os medicamentos que já existiam. E praticamente não causaram efeitos adversos. No Brasil, o primeiro deles chega em junho(Pasurta).
Outros dois estão em processo de aprovação.

Essas drogas diminuem a frequência e a intensidade da enxaqueca. Por serem biológicas, são eliminadas mais lentamente pelo organismo. É isso que permite dosagens mais espaçadas. Sua aplicação é subcutânea e não é indicada para idosos e crianças. Embora testadas apenas em adultos que não pretendem engravidar, os efeitos na gestação também são desconhecidos por enquanto.

O que é enxaqueca?

É um dos tipos de cefaleia, nome científico das dores de cabeça. Trata-se de uma doença neurológica, genética e crônica, cuja principal característica é a dor de cabeça latejante. Os episódios de Enxaqueca podem durar até três dias. Nas piores crises, é necessário atendimento hospitalar.

Quais são os outros sintomas?

Sensibilidade a luz, cheiros e barulho.
Náuseas e vômitos.
Visões, como pontos luminosos, linhas em ziguezague que antecedem ou acompanham as crises de dor, são características da Enxaqueca com Aura.
Formigamento e dormências no corpo.
Tonturas, sensibilidade a movimentos ou passar mal em viagens de carro, ônibus, barco.

Quais fatores podem desencadear uma crise?

Muitas pessoas têm dor logo após períodos de estresse. Mas há outros fatores. Veja os mais comuns,

Alimentos e bebidas:

Queijos amarelos.
Frutas cítricas.
Banana.
Linguiças.
Salsichas e alimentos de coloração avermelhada em conserva.
Frituras e gorduras.
Chocolate.
Café, chá e refrigerantes a base de cola.
Aspartame.
Vinho.
Cerveja (ou chope).

Hábitos de alimentação e sono:

Ficar mais de cinco horas seguidas sem comer.
Dormir mais ou menos do que o habitual.

Variações bruscas de temperatura e de umidade do ar.

Sair de um lugar quente para um frio ou vice-versa.
Ingestão de líquidos gelados com o organismo aquecido.

Menstruação e fatores hormonais:

É comum às mulheres ter enxaqueca nas fases pré, durante ou pós menstruação.
As crises pioram quando começam a usar anticoncepcionais orais.
Há mulheres que, na menopausa, melhoram espontaneamente e voltam a ter crises ao iniciarem a reposição hormonal.

O que fazer quando tiver uma crise:

Procure um local fresco e escuro para recostar.
Coloque gelo sobre as áreas doloridas.
Tome o medicamento para crise recomendado pelo médico.
Beba água e coma moderadamente.
Descanse.
Quem sofre de enxaqueca deve carregar medicamentos que aliviam a dor.
Sofre de Enxaqueca? Agende sua consulta no Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca, através do site: www.cente.net.br ou pelo Whatsapp: 12.99639.6954

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Entendendo a Enxaqueca


Enxaqueca não é somente uma simples dor de cabeça. É um problema de saúde sério, que acomete mais de 30 milhões de brasileiros (3 mulheres para cada homem) e merece acompanhamento médico especializado. Isso porque quem sofre de enxaqueca perde dias de trabalho e momentos importantes da vida por conta das crises que duram de 4 a 72 horas. E o pior: muitos fazem uso abusivo de analgésicos, o que significa que tomam mais de dois comprimidos do medicamento por semana.

Quem tem dores de cabeça constantes (mais de três episódios numa única semana) deve procurar ajuda. Não é raro o paciente perambular de médico em médico, passar por várias consultas, realizar diversos exames desnecessários e no fim ainda ouvir: “Olha, você tem só uma dor de cabeça. Toma um analgésico que passa”.

Para identificar a enxaqueca é necessário analisar o histórico do paciente. É preciso ter uma conversa longa com ele para investigar tudo, hábitos alimentares, comportamentos, histórico familiar. Costumamos, inclusive, fornecer um diário da dor, para que a pessoa escreva o dia em que teve a crise e tente identificar possíveis fatores desencadeantes. Por isso as consultas são longas. Os exames, como tomografia e ressonância, quando solicitados, só servem para descartar doenças secundárias, como tumor e aneurisma.

Como é uma crise de Enxaqueca?

Estima-se que as crises de enxaqueca comprometam 1,4% do total de anos de vida saudável do paciente. A dor de cabeça em geral é latejante e unilateral e pode mudar de lado; dependendo da intensidade da crise, a pessoa pode ficar impossibilitada de realizar suas atividades habituais e, na fase crítica, desenvolver sintomas como intolerância à luz, aos ruídos e a odores, além de náusea e vômito. Movimentos bruscos do crânio e esforços físico e mental também podem agravar o sofrimento durante a fase aguda.

Náuseas e vômitos são frequentes porque durante a crise ocorre uma estase gástrica, ou seja, a digestão e absorção do que foi ingerido são suspensas. Por isso o paciente se sente enjoado.

Dicas para pacientes com Enxaqueca 

A dica fundamental para quem sofre desse problema é prestar atenção na alimentação.

Queijos curados, molhos, vinho tinto, café e chocolates podem ser fatores desencadeantes da crise. Esses alimentos liberam substâncias inflamatórias que dilatam os vasos cerebrais e ajudam a desencadear a dor de cabeça.

Fatores ambientais como luz, odores fortes e barulho alto também podem funcionar como gatilho.

Oscilações hormonais pelas quais grande parte das mulheres passa durante a vida contribuem para desencadear as crises. Durante a menstruação, por exemplo, o nível de estrogênio diminui. Com isso, os vasos sanguíneos se dilatam, ocasionando as dores.

Fique atenta quanto ao uso de anticoncepcionais se você tem enxaqueca com aura (fenômeno sensorial que antecede a dor) e seja fumante. Esses fatores associados triplicam a probabilidade de derrame (AVC).

A importância do tratamento preventivo para enxaqueca

Existem pacientes que, pela falta de tratamento adequado, passam a ter crises diárias de dor.  No entanto, é preciso cuidado: o abuso de analgésicos e o aumento progressivo das doses necessárias para alívio das crises podem resultar em um efeito rebote cujo resultado é o agravamento dos sintomas.

Existem medicamentos específicos para os casos de dor recorrente. Na prática, o paciente tem que fazer um tratamento preventivo com medicamentos que diminuem a frequência e a intensidade das crises (com o advento dos anticorpos monoclonais surge nova esperança no tratamento da Enxaqueca, saiba aqui como funcionam esses tratamentos específicos). Para os momentos de dor aguda, o médico pode indicar o uso de sumatriptana, droga que reverte a dilatação dos vasos e diminui a transmissão da dor, e de naproxeno, que diminui a inflamação.

Hoje, essas duas drogas podem ser encontradas em um único medicamento. Mas é essencial que o paciente procure a ajuda de um especialista. Se ele for a um neurologista, é importante ressaltar que sente dores de cabeça frequentes e perguntar se ele trata esse tipo de problema. Senão, peça que ele lhe indique um especialista.

Além dos medicamentos, é importante praticar atividade física. Se você tem dores recorrentes, procure fazer ioga, pilates ou caminhada, pois esses exercícios liberam endorfinas, que são ótimos aliados no controle da dor.
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segunda-feira, 27 de maio de 2019

Enxaqueca: um mal que afeta milhares de pessoas

A população mundial em Abril de 2019 foi estimada em 7,7 bilhões de pessoas, a prevalência de Enxaqueca gira em torno de 11%.
Seguindo estes números são 874 milhões de seres humanos padecendo de Enxaqueca. Somente no Brasil são cerca de 30 milhões de pessoas.

E é esta a principal missão do Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CENTE), uma clínica médica que aborda e trata há décadas de uma das formas mais frequentes de dor, que é a Enxaqueca. A Enxaqueca, além de produzir sofrimento e incapacidade, é seguramente à causa mais comum de afastamento do trabalho, gerando um enorme ônus para a sociedade. Por essas razões deve ser considerado um sério problema de saúde pública.

Agende sua consulta:
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quarta-feira, 22 de maio de 2019

Enxaqueca: um mal que acomete milhões de pessoas

A população mundial em Abril de 2019 foi estimada em 7,7 bilhões de pessoas, a prevalência de Enxaqueca gira em torno de 11%.
Seguindo estes números são 874 milhões de seres humanos padecendo de Enxaqueca. Somente no Brasil são cerca de 30 milhões de pessoas.

E é esta a principal missão do Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CENTE), que aborda e trata uma das formas mais frequentes de dor, que é a Enxaqueca. A Enxaqueca, além de produzir sofrimento e incapacidade, é seguramente à causa mais comum de afastamento do trabalho, gerando um enorme ônus para a sociedade. Por essas razões deve ser considerado um sério problema de saúde pública.

É assim que sentem e descrevem as pessoas que sofrem deste grande mal: "A cabeça pulsa e dispara uma dor tão forte, que dá a sensação que o cérebro vai explodir.
Os olhos fogem da claridade, qualquer ruído ecoa como um martelo no interior da cabeça e há intolerância à cheiros."

Foi por entender que a Enxaqueca não deve ser ignorada e sim levada a sério e tratada que fundamos o Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (www.cente.net.br), uma clínica médica que há décadas encontra-se empenhada no tratamento sintomático e preventivo da Enxaqueca.

Os atendimentos em nossa clínica especializada, ocorrem de segundas
às sextas-feiras, das 14h00 às 18h00 (exceto sábados, domingos e feriados).

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terça-feira, 21 de maio de 2019

ENXAQUECA UM MAL QUE ACOMETE MILHARES DE PESSOAS!


A população mundial em Abril de 2019 foi estimada em 7,7 bilhões de pessoas, a prevalência de enxaqueca gira em torno de 11%. Seguindo estes números são 874 milhões de seres humanos padecendo de enxaqueca. Somente no Brasil são cerca de 30 milhões de pessoas.

E é essa a principal missão do Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CENTE), que aborda e trata uma das formas mais frequentes de dor, que é a enxaqueca. A enxaqueca, além de produzir sofrimento e incapacidade, é seguramente à causa mais comum de afastamento do trabalho, gerando um enorme ônus para a sociedade. Por essas razões deve ser considerado um sério problema de saúde pública.

O Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CENTE) é uma clínica médica que há décadas encontra-se empenhada no tratamento sintomático e preventivo da Enxaqueca. Tendo como Diretor Clínico, o médico neurologista Dr.Fernando Ortiz, especialista em dores de cabeça.

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segunda-feira, 20 de maio de 2019

O USO DA MELATONINA NO TRATAMENTO DE ENXAQUECA


Uma pesquisa brasileira mostrou que a melatonina, hormônio produzido no nosso cérebro que atua na regulação do sono e do relógio biológico, é eficaz na prevenção de enxaqueca em pessoas que têm crises com frequência. Segundo o estudo do Hospital Albert Einstein e da Escola Paulista de Medicina, pílulas contendo a substância parecem ser melhores para evitar as fortes dores de cabeça do que um dos medicamentos mais utilizados atualmente com essa finalidade, a amitriptilina. O trabalho foi apresentado em encontro anual da Academia Americana de Neurologia, na cidade americana de San Diego.
Os benefícios da melatonina já vêm sendo estudados e comprovados há mais de 10 anos, sendo que as suas pesquisas se concentram para entender de que forma o hormônio pode ajudar pacientes que sofrem de enxaqueca. A principal função da melatonina é regularizar os ritmos biológicos. Portanto, o hormônio influencia vários sistemas no organismo e interfere positivamente em diversas funções. Sabe-se que pessoas que sofrem de enxaqueca apresentam menores níveis de melatonina e que isso aumenta a propensão de crises.

Neste estudo, comparou-se os efeitos da melatonina aos da amitriptilina, um antidepressivo frequentemente receitado a pacientes com a patologia, e aos de placebo. Para isso, os pesquisadores selecionaram 179 pessoas entre 18 e 65 anos de idade que sofriam de crises de enxaqueca, com ou sem aura, de duas a oito vezes por mês.

Comparação: Os participantes foram divididos em três grupos. Durante três meses, cada grupo recebeu doses diárias de um tipo de substância: melatonina (três miligramas ao dia), amitriptilina (25 miligramas ao dia) e placebo. Após esse período, a redução média de dias por mês com crises de enxaqueca foi de 2,7 para as pessoas que receberam melatonina; 2,18 para as que receberam amitriptilina; e 1,18 para quem tomou placebo.

Portanto, a eficácia na prevenção de enxaqueca com o uso de melatonina e amitriptilina foi estatisticamente semelhante. A grande vantagem do hormônio sobre o antidepressivo, então, parece estar em sua maior tolerabilidade. A amitriptilina é um antidepressivo que pode provocar o aumento do peso, sonolência, boca seca e intestino preso. A melatonina apresentou muito menos efeitos adversos, mas com a mesma eficácia, e foi tão tolerada pelos pacientes quanto o placebo.

Hormônio vetado: Apesar de a melatonina ser amplamente difundida em países como os Estados Unidos, onde é comercializada como uma vitamina, e dos diversos estudos que defendem os benefícios do hormônio, os brasileiros não podem comprar a substância por aqui pois ela não possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, é possível comprar o produto no exterior e trazer para o Brasil para uso pessoal.

O fato de a melatonina não ser comercializada no mercado brasileiro torna o país atrasado nesse sentido. Acreditamos que a substância deveria ser vendida como medicamento, como acontece na Argentina ou no Chile, e não vitamina. Assim, haveria um melhor acompanhamento médico. A melatonina é barata e eficaz, e seria uma ótima alternativa para as crises de enxaquecas e também para outros problemas, como a insônia.

Os resultados dessa pesquisa têm potencial para tornar possível a aprovação da substância no mercado brasileiro. E não somente isso: Como este estudo é um trabalho grande, randomizado e que compara a melatonina a outro medicamento e ao placebo. É o primeiro grande estudo que mostra que o hormônio funciona e é seguro na prevenção da enxaqueca. E isso é uma base científica consistente para que os médicos passem a recomendar a substância no tratamento da Enxaqueca.

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domingo, 19 de maio de 2019

RECADO SOLIDÁRIO!


Como é difícil fazer as pessoas entenderem o sofrimento e incapacidade gerados pela Enxaqueca!
A incompreensão só aumenta o sofrimento, ajudem a entenderem mais sobre a Enxaqueca, visitem nosso site, curtam, compartilhem nossos posts na rede social: www.facebook.com/centemed/
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sexta-feira, 17 de maio de 2019

TRATAMENTO DA ENXAQUECA

TRATAMENTO DA ENXAQUECA

O tratamento da enxaqueca vem mudando ao longo dos anos, refletindo os avanços da ciência que ajudam a entender como o cérebro e o sistema nervoso funcionam.
Atualmente, acredita-se que a enxaqueca envolve vias nervosas e substâncias químicas cerebrais, que podem ser influenciadas por componentes genéticos e os fatores ambientais. Como resultado, a enxaqueca ainda é uma doença complicada de tratar. Não há cura absoluta para a enxaqueca, portanto o objetivo do tratamento da enxaqueca é evitar a dor de cabeça, reduzir a frequência e gravidade dos ataques, reduzir a incapacidade, e educar e capacitar os pacientes para gerenciar sua doença para uma melhor qualidade de vida.

Hoje, existem três abordagens principais para o tratamento da enxaqueca: aguda, preventiva e complementar.

Tratamento agudo da enxaqueca

O tratamento agudo da enxaqueca é uma terapia usada para interromper os sintomas quando uma crise de enxaqueca começa. Os ataques devem ser tratados precocemente, quando a dor ainda é leve. Medicamentos como os anti-inflamatórios são indicados, assim como os analgésicos: ergotaminas e os triptanos são também comumente utilizados. Apesar de muitos deles não necessitarem de prescrição médica, limites estritos devem ser estabelecidos na frequência com que são utilizados para evitar o agravamento das crises de enxaqueca por meio do uso excessivo de medicamentos.

Tratamento preventivo da enxaqueca

O tratamento preventivo da enxaqueca é geralmente considerado quando a frequência ou gravidade da enxaqueca chega a um ponto que ela interfere significativamente no trabalho, na escola ou na vida social. O tratamento preventivo é uma terapia que tem como objetivo reduzir o número de ataques, diminuir a intensidade da dor e prevenir o aparecimento de futuros ataques.

Tratamento não farmacológico da enxaqueca

O tratamento não farmacológico da enxaqueca é uma terapia não medicamentosa, usada principalmente como coadjuvante da prevenção. Em alguns pacientes, mudanças no estilo de vida e evitar determinados alimentos podem impedir o desencadeamento dos ataques.

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terça-feira, 7 de maio de 2019

DICAS SOBRE ENXAQUECA

1- Analgésicos resolvem o problema?

Esse é um dos erros mais comuns, e perigosos, em relação à enxaqueca. Frequentemente, os pacientes se automedicam com esses medicamentos, tomando doses progressivamente mais altas.

O problema é que o abuso de analgésicos contribui para cronificar as dores. Além disso, nem sempre eles dão conta de acabar com uma crise de enxaqueca. Existem medicamentos específicos para o problema e que são mais eficazes.

Recomenda-se o uso de, no máximo, dois comprimidos por semana (oito por mês) de qualquer remédio para cortar a dor de cabeça. Mas, com três meses seguidos de uso já são suficientes para cronificar as dores.

2- Enxaqueca é sinônimo de dor de cabeça?

A Sociedade Internacional de Cefaleia reconhece mais de 200 modalidades de dor de cabeça (também conhecida como cefaleia). A enxaqueca, ou migrânea, é uma delas. Nesse caso, a dor costuma ser pulsátil e, em 60% das pessoas, localizar-se em só um dos lados do crânio. Muitas vezes, vem acompanhada por náuseas, vômitos e sensibilidade a luz, ruídos e cheiros fortes.

Em geral, a crise dura de quatro a 72 horas, quando não tratada. Há ainda crises de enxaqueca sem dor de cabeça, quando o paciente tem apenas a aura (veja no próximo item).

3- Quem tem enxaqueca enxerga pontos brilhantes e luzes?

Apenas um em cada cinco pacientes com enxaqueca apresenta a aura, fenômeno neurológico que faz com que a pessoa enxergue manchas e luzes, fique com os dedos ou os lábios dormentes ou com alterações na fala e nos movimentos, entre outros sintomas. Ela aparece minutos ou poucas horas antes das crises e costuma durar menos de uma hora.

Mesmo sem apresentar aura, algumas pessoas conseguem perceber que terão crise com uma antecedência de até 24 horas. Bocejos constantes, dificuldade de raciocínio e grande necessidade de comer doces são alguns sinais.

4- É preciso fazer exames para diagnosticar?

Solicitados frequentemente a pacientes com suspeita de enxaqueca, exames como tomografia, raio-X e ressonância magnética não detectam o problema.

Eles apenas servem para afastar a possibilidade de outras doenças, como tumores. Na maior parte das vezes, não são necessários. O diagnóstico da enxaqueca é clínico, feito no consultório a partir do histórico do paciente e de testes neurológicos.

Apenas exames mais sofisticados, como o pet scan, permitem observar os lugares no cérebro que são ativados na hora da crise de dor, mas são usados somente em pesquisas científicas.

5- É uma doença inofensiva?

Apesar de ser considerada uma doença benigna, que raramente gera complicações sérias, a enxaqueca compromete muito a vida do paciente.

Além de ficarem menos produtivos e de faltarem ao trabalho e a eventos sociais na hora das crises, muitos sofredores de enxaqueca acabam perdendo oportunidades sociais e profissionais por receio de que a dor apareça.

As complicações graves da enxaqueca são raras, mas podem ocorrer. Mulheres que têm aura muito prolongada correm mais risco de ter o chamado infarto migranoso, principalmente se forem fumantes e usarem pílula anticoncepcional.

6- Quem tem enxaqueca não pode comer chocolate, queijo e vinho?

Só um quarto dos portadores de enxaqueca tem crises relacionadas a alimentos. Estresse e ansiedade são gatilhos bem mais comuns. No caso de haver relação com a dieta, os culpados variam entre os pacientes e podem causar crises apenas em alguns momentos. Frituras, chocolate, queijos amarelos, embutidos, vinho tinto e cerveja são algumas das comidas e bebidas que mais influenciam (veja as restrições alimentares no site: www.cente.net.br)

Assim como o abuso de analgésicos, a cafeína presente em alimentos como café e refrigerantes de cola pode cronificar a enxaqueca.

Jejum prolongado, sol forte, odores pronunciados e mudanças de temperatura e de umidade do ar também são gatilhos comuns. Nas mulheres, é muito freqüente que as dores venham associadas ao período menstrual (antes, durante ou logo depois). Também há crises que não são desencadeadas por nenhum gatilho.

7- Comer muita fruta faz bem?

Nem sempre. Certas frutas, como as cítricas (laranja, limão, abacaxi) e a banana, têm substâncias que desencadeiam crises de enxaqueca em algumas pessoas.

8- Problemas de vista causam enxaqueca?

Quase todo mundo que começa a ter dores de cabeça desconfia de que precisa usar óculos ou trocar a lente porque o grau aumentou. Segundo os especialistas: miopia, hipermetropia e presbiopia não são causas de dor de cabeça. Só astigmatismos muito graves em crianças causam cefaléia, e mesmo assim não é enxaqueca.

9- Sinusite causa enxaqueca?

Essa confusão é muito frequente. Na verdade, as sinusites crônicas não causam dor de cabeça. As agudas sim, mas não têm característica de enxaqueca. Como a própria enxaqueca pode causar congestão nasal, e aí a confusão aumenta. Um estudo americano mostrou que 90% das pessoas que se autodiagnosticavam como tendo dores de cabeça decorrentes de sinusite na verdade tinham enxaqueca.

10- Problemas na ATM causa enxaqueca?

As disfunções na ATM (articulação temporomandibular) podem ser causa de dor, geralmente localizada na região da própria articulação e relacionada ao uso (comer algo duro, falar muito, bocejar). Eventualmente, causa dor de cabeça, mas sem característica de enxaqueca.

11- É uma doença de adulto?

Entre 4% e 8% das crianças têm enxaqueca. A doença é uma grande causa de faltas à escola, e as queixas são confundidas por muitos pais como desculpa para não ir à aula. As dores podem começar por volta dos cinco anos de idade e, em aproximadamente 40% dos casos, acabam espontaneamente na puberdade.

As crises de dor nessa etapa da vida duram menos (de 30 minutos a duas horas) e podem ser aliviadas com tratamento específico. Apesar de, na fase adulta, a enxaqueca afetar três vezes mais as mulheres, na infância ela é ligeiramente mais frequente nos meninos.

12- Tem a ver com o fígado e com o estômago?

Como muita gente tem náusea e vômitos nas crises de enxaqueca, é comum que associem o problema ao estômago e ao fígado. Na verdade, esses incômodos ocorrem como parte do próprio processo químico da dor, que faz com que o estômago se dilate e fique paralisado, causando sensação de indigestão e enjôo.

Mesmo o fato de certos alimentos desencadearem episódios de enxaqueca em algumas pessoas não tem a ver com a digestão. Na verdade, eles possuem certas substâncias (como tiramina e nitritos) que agem diretamente no cérebro de quem sofre de enxaqueca.

13- Atividades físicas ajudam?

Nem sempre, há pacientes que apresentam um tipo de enxaqueca cujas dores são desencadeadas com a prática de atividades físicas. Alem disso, na hora da crise, os exercícios físicos costumam piorar brutalmente a dor.

14- Passa com a menopausa?

Para muitas pacientes, a chegada da menopausa traz alívio. Mas, segundo segundo dados estatísticos, apenas 30% das mulheres apresentam melhora significativa nessa fase. Isso ocorre principalmente com aquelas que têm enxaqueca perto do período menstrual.

15- Há alimentos que ajudam a melhorar a enxaqueca?

Muito se fala em dietas que ajudam a melhorar a enxaqueca, mas, segundo os especialistas consultados, elas não têm fundamento científico. O magnésio (encontrado em alimentos verdes frescos e frutos do mar) e um aminoácido chamado triptofano (presente em verduras frescas e no feijão) até podem ajudar, mas, nas quantidades presentes na comida, têm importância limitada. Quando as dores são desencadeadas por certos alimentos, evitá-los ajuda a diminuir as crises.

16- Tem tratamento?

Um novo tratamento foi aprovado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 25/03/2019, é a primeira medicação especifica para o tratamento preventivo da Enxaqueca, produzida pela Novartis. Com o nome comercial de PASURTA ( Erenumabe ) consiste na classe de medicamentos com anticorpos monoclonais, que agem inativando os receptores do neuropeptídeo vasoativo inflamatório CGRP (Da sigla do nome inglês: calcitonin-gene related peptide), que é produzido de forma exacerbada nos vasos cerebrais e terminações do nervo trigêmio de pessoas com enxaqueca.

A nova terapia atua na inibição deste peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, conhecido como CGRP, molécula responsável por desencadear as crises de Enxaqueca. E deverá ser aplicada por meio de uma injeção mensal com um dispositivo similar a uma agulha de insulina. Em breve ainda em 2019, será comercializada no Brasil.

Este é o primeiro medicamento criado para prevenir enxaquecas, dando início ao que muitos especialistas acreditam que seja uma nova era no tratamento de pessoas que sofrem da forma mais severa de dor de cabeça.

A nova droga pode tornar as crises de enxaqueca menos severas e reduzir a sua frequência em 50% ou mais, de acordo com estudos, além de não apresentar efeitos colaterais. Alguns pacientes chegaram inclusive a se livrar por completo da dor de cabeça.

Esta é a primeira de uma nova classe de medicamentos de ação prolongada para tratar enxaquecas. Os tratamentos atuais e disponíveis são medicamentos originalmente desenvolvidos para tratar epilepsia, depressão e hipertensão, diferente destes que são específicos para Enxaqueca.

Portanto, esta nova medicação representa uma nova esperança no tratamento da Enxaqueca. E representa um marco no tratamento desta doença neurológica que afeta um bilhão de pessoas no mundo e 30 milhões no Brasil.

A toxina botulínica também é usada como uma opção para quem não reage a outros tratamentos usuais, mas o custo-benefício ainda é discutido.

17 - Dormir muito ajuda a melhorar?

Em muitas pessoas, a privação de sono desencadeia dores de cabeça. Mas dormir mais do que se está acostumado também é um gatilho para as crises. Um caso relativamente comum é a chamada “enxaqueca de fim de semana”, na qual o paciente só sente dores no sábado e no domingo, quase sempre porque dorme muito mais tempo do que o habitual. O segredo, portanto, é ter um ritmo de sono regulado.

Ainda é difícil fazer as pessoas entenderem o sofrimento e incapacidade
gerados pela Enxaqueca!
Essa incompreensão só aumenta o sofrimento, portanto, ajudem a entenderem mais sobre a Enxaqueca, visitem nosso site, curtam, compartilhem nossos posts na rede social: www.facebook.com/centemed/

A Enxaqueca é um mal acomete milhares de pessoas. Sofre de Enxaqueca? Opte por qualidade de vida, agende sua consulta no Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca, através do site: www.cente.net.br ou pelo Whatsapp: 12.99639.6954

Fonte:“Cefaléias Primárias: Aspectos Clínicos e Terapêuticos." Fernando Ortiz; Edgard Raffaelli Jr e col. ( 2ª Edição). São Paulo: Editora Zeppelini, 2002.

terça-feira, 30 de abril de 2019

SAIBA DIFERENCIAR A DOR DE CABEÇA COMUM DA ENXAQUECA


A dor de cabeça atinge 96% das pessoas, ou seja, quase todo mundo já sofreu ou vai sofrer com esse problema um dia.

Dor de cabeça, também chamada de cefaleia, é toda dor sentido na região do crânio

Entre os vários tipos existentes, a mais comum é a enxaqueca, que geralmente é herdada.

O maior risco de uma cefaleia é que ela leve ao uso excessivo de analgésicos e ao agravamento da dor, que poderá tornar-se diária.

Para evitar as crises, os cuidados são para a vida toda.

Conflitos familiares, falta de tempo para o lazer, e problemas no trabalho. Com tanta coisa para administrar no dia a dia, você pode ser mais um na estatística das pessoas que vivem tendo dor de cabeça desencadeadas pelo estresse.

Considerada uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos, perdendo apenas para a dor lombar, a dor de cabeça, também conhecida como cefaleia, tem prevalência de 96%, especialmente entre as mulheres. Isso significa que praticamente todo mundo pode ter esse sintoma ao longo da vida. Um de seus tipos, a enxaqueca, chega a afetar 10% da população mundial.

Apesar de ter um impacto negativo na vida das pessoas, a dor de cabeça é considerada subdiagnosticada e subtratada. Uma das possíveis causas desse quadro é a banalização do sintoma dor de cabeça. Por parecer algo tão normal, as pessoas acabam se automedicando sem pensar em buscar ajuda especializada. Mas não deveria ser assim.

Como ela se manifesta?

Cefaleia é toda dor localizado na região craniana, ou seja, na testa, têmporas, e até na parte de trás do crânio. Qualquer sensação dolorosa nessa parte do seu corpo é considerada cefaleia.

Importante destacar que dor de cabeça não é uma doença, mas um sintoma que precisa ser investigado, caso se repita com frequência.

Por que isso acontece?

A origem da cefaleia tem causas variadas que podem ser um sinal de alerta para um distúrbio em qualquer parte do corpo, inclusive o cérebro. Potencialmente curável, uma vez tratada, a sensação desaparece. A dor de cabeça pode ser uma consequência de:

Gripe;

Meningite;

Sinusite;

Traumas Cranianos;

Tumores;

Problemas na região cervical;

Hemorragias cerebrais e meníngeas, entre outras.

A dor de cabeça também pode decorrer de algum problema relacionado ao sistema nervoso central (SNC). O mais comum é a enxaqueca. Incapacitante, ela é tida como uma disfunção herdada, já que acomete cérebros geneticamente predispostos. Nesse caso, a cefaleia será apenas um dos sintomas da doença.

Saiba diferenciar a dor de cabeça comum da enxaqueca:

Dor de cabeça comum: é também definida como do tipo tensional. Geralmente, este tipo de dor é de intensidade leve a moderada e abrange toda a cabeça, conferindo-lhe uma sensação de peso ou pressão. Nessa hipótese, o incômodo passa com o uso de analgésico ou breve repouso.

Enxaqueca: a dor tem características próprias e sempre vem acompanhada de outros sinais, como os abaixo:

A intensidade é de média a forte;

A dor acomete um dos lados da cabeça, especialmente testa e têmporas, mas pode migrar para o outro lado ou ser bilateral;

A sensação dolorosa se manifesta como uma pulsação. É como se um coração batesse na cabeça;

Há maior sensibilidade à luz, sons, odores (perfumes, cheiro de alimentos, fumaça, cigarro, etc.);

Pode ocorrer perda de apetite, enjoo ou vômito;

Sente-se vertigem, tontura ou sensação de desequilíbrio;

Observa-se ansiedade, irritação, cansaço e sonolência semelhantes ao que se vivencia quando se está em estado pré-gripal;

A compulsão por doces é notável;

Há queda da concentração e rendimento no trabalho, entre outros sinais.

Como as enxaquecas se dividem em dois tipos (com aura e sem aura), além de todos esses elementos, estarão presentes sintomas neurológicos como distorções visuais, isto é, o indivíduo enxerga pontos brilhantes, tem perda de campo visual: metade dele, apenas periférico ou mesmo perda total da visão por alguns momentos.

Os gatilhos da enxaqueca

Outra particularidade da enxaqueca é a identificação de gatilhos, ou seja, circunstâncias que podem desencadear a dor. As mais frequentes são:

Cansaço;

Estresse;

Privação de sono;

Jejum prolongado;

Ciclos hormonais femininos;

Variações climáticas (extremo de clima, calor ou frio, bem como ambiente com ar-condicionado);

Consumo de álcool.

Determinados alimentos.

Quando procurar ajuda médica?

Se você conta três dias de dor de cabeça no período de um mês, ocasiões nas quais o uso de analgésico foi necessário, procure um neurologista imediatamente. A contagem pode ser assim: a dor se manifestou por três dias seguidos, ou um dia a cada semana.

Se, durante um trimestre, você conta 15 dias ou mais de cefaleias no intervalo de 30 dias, e isso se repete no espaço de um ano, já significa que a dor de cabeça é crônica.

Aliás, as pessoas levam, em média, oitos anos para consultarem um especialista. Isso porque quando o sintoma incomoda, ele nunca é levado a sério e as pessoas sempre encontram uma justificativa: é a TPM, um odor forte em determinado ambiente, o jejum prolongado. Aí, a alternativa para se livrar da dor é a automedicação.

O problema é que o uso contínuo e repetido de medicações analgésicas é um dos principais fatores de agravamento ou piora das enxaquecas, e acabam fazendo que elas se tornem diárias.

Como é feito o diagnóstico

O médico deve fazer um levantamento detalhado da sua história (Anamnese). Por meio de uma conversa ele buscará identificar as características da dor: frequência, duração, intensidade, local, além das situações em que ela se manifesta, piora ou melhora.

Esteja pronto para responder a ele se alguém de sua família tem sintoma semelhante, como é a sua rotina alimentar, o seu estilo de vida e as condições de trabalho, além de como enfrenta o estresse no dia a dia. Depois dessa conversa, vem o exame físico. Alguns médicos poderão observar as veias da cabeça e o pescoço, a articulação da mandíbula, dos ombros e a região cervical.

Se houver suspeita de que a origem da sua cefaleia seja enxaqueca, saiba que não há exame que defina um diagnóstico. Na verdade, é frequente que testes como ressonância magnética, encefalograma e tomografia apresentem resultados normais.

A enxaqueca é uma doença da função do cérebro, diferente de doenças de causas estruturais, como o aneurisma e o tumor, que têm evolução muito rápida (aguda) e levam a uma ação rápida em busca de uma solução. Já na enxaqueca, não. Como a função é daquela forma, as pessoas se acostumam a viver com a dor.

O que esperar do tratamento:

Ele dependerá da causa da cefaleia. Como a situação mais comum é que se trate de um quadro de enxaqueca, o objetivo terapêutico é reduzir as crises.

Quando a dor está no auge, existem vários medicamentos específicos para o seu alívio, assim como opções profiláticas, ou seja, que previnem outro episódio e são de uso diário, alguns deles disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde). E até a toxina botulínica pode trazer alívio.

No caso da enxaqueca, é preciso ter em mente que o cuidado será para sempre e que, para um controle consistente, o tempo de tratamento pode ser de um a dois anos.

O papel da dieta

Determinados alimentos podem servir de gatilho para desencadear a crise de Enxaqueca. O que se observa na prática clínica é que a rotina de alguns pacientes também é prejudicial, sendo comum relato de jejum prolongado, situação que irá desencadear a crise.

Principais alimentos, nutrientes e substâncias que são estimulos (gatilhos) da Enxaqueca:

- Cafeína: presente no café, chá-mate, chá-branco, chá-verde, chá-preto etc., refrigerantes e bebidas à base de cola, a substância pode ser retirada completamente da dieta e mesmo ser objeto de uma desintoxicação medicamentosa. Para algumas pessoas a retirada é gradativa e é admitido o consumo de café descafeinado.

- Adoçante à base de aspartame: encontrado em bebidas prontas, refrigerantes e iogurtes do tipo zero. Indica-se ler sempre a lista de ingredientes do produto para identificar se há o adoçante. O consumo deve ser limitado.

- Alimentos embutidos: presunto, peito de peru, linguiça, salsicha, entre outros, são ricos em nitrito, um oxidante do sistema nervoso e que pode desencadear a dor.

- Bebida alcoólica: quem tem enxaqueca, é sempre menos tolerante ao seu consumo.

Se quiser incluir na dieta alimentos favoráveis, inicie a ingestão de vegetais verdes-escuros, oleaginosas, carnes, peixes e frutas. É importante esclarecer que tais itens não devem ser usados como se fossem medicamentos. Eles garantem uma boa rotina alimentar, ou seja, ajudam a construir um hábito saudável que leva à redução de crises.

Dicas de prevenção ou para colaborar com o tratamento.

Alguns fatores desencadeantes não são modificáveis, como as mudanças climáticas e os odores à sua volta, mas você pode colocar em prática os cuidados abaixo indicados para reduzir as crises:

Evite automedicar-se;

Procure um neurologista se a dor é aguda ou frequente;

Seja paciente e colaborativo durante o tratamento. Uma melhora considerável, com redução de crises de enxaqueca pode levar de um a dois anos;

Invista no autoconhecimento para ser capaz de identificar o que desencadeia a dor para você;

Procure comer de três em três horas. Jejum prolongado é gatilho para a dor;

Mantenha uma rotina de sono e procure dormir, no mínimo, sete horas por noite;

Evite o estresse ou tome providências para minimizá-lo;

Fuja do consumo de tabaco, álcool e outras drogas;

Garanta boa hidratação diária, beba de dois a três litros de água por dia, todos os dias;

Adote o hábito de anotar o que comeu, para identificar os alimentos que consumiu nas horas anteriores a uma crise.

Mantenha um peso saudável. Extremos na balança são fatores de risco para cronificação da dor de cabeça.

Opte por qualidade de vida e agende uma consulta no Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CENTE), através do site: www.cente.net.br ou pelo Whatsapp: 12.99639.6954

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quarta-feira, 27 de março de 2019

APROVADO NO BRASIL O MEDICAMENTO ESPECÍFICO PARA ENXAQUECA

Foi aprovada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 25/03/2019, a primeira medicação especifica para o tratamento preventivo da Enxaqueca, produzida pela Novartis. Com o nome comercial de PASURTA, consiste na classe de medicamentos com anticorpos monoclonais, que agem inativando os receptores do neuropeptídeo vasoativo inflamatório CGRP (Da sigla do nome inglês: calcitonin-gene related peptide), que é produzido de forma exacerbada nos vasos cerebrais e terminações do nervo trigêmio de pessoas com enxaqueca.
Essa medicação já foi aprovada nos EUA e Europa, e é o resultado de mais de 30 anos de estudos nos mecanismos causadores da enxaqueca, iniciados pelos Dr.Lars Edvinsson (Suécia) e Dr.Peter J.Goadsby (Austrália).
É um marco no tratamento dessa doença neurológica que afeta 1 bilhão de pessoas no mundo e 30 milhões somente no Brasil. Esta descoberta também traz uma luz na compreensão dos mecanismos fisiopatológicos da Enxaqueca.
O Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (www.cente.net.br) recebe a notícia com entusiasmo, pois significa esperança e qualidade de vida para os sofredores deste grande mal.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

ENXAQUECA COM AURA


Sintoma mais comum da Enxaqueca que afeta 15% da população é a dor de cabeça, mas ela pode se manifestar por meio de aura que são pontos luminosos ou piscantes, percepção de luz em ziguezague e visão embaçada.

Estima-se que uma em cada sete pessoas do mundo sofra de enxaqueca. No Brasil, a doença, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a sexta mais incapacitante do mundo, afeta cerca de 15% da população, mais ou menos 31 milhões de indivíduos, com incidência maior entre as mulheres (25%).

Apesar de muita gente não saber, está patologia pode ter sintomas que vão além de dor de cabeça. São os distúrbios visuais, que se manifestam através de pontos luminosos ou piscantes e que ficam parados ou se movem, percepção de luz em ziguezague e visão embaçada.

Eles fazem parte de um tipo menos comum da patologia, a enxaqueca com aura. Vale destacar que existem ainda outras formas de auras, as sensoriais e motoras - elas causam, por exemplo, formigamento ou dormência em uma ou mais partes do corpo, dificuldade em falar e ouvir e confusão mental.

A maioria das pessoas têm a enxaqueca clássica, apenas de 15% a 20% apresentam a com aura, e a visual atinge 90% delas.

É o caso da bancária M.A.S, de 31 anos. "Acho que tenho enxaqueca desde que nasci. Minha mãe também tem, e nas primeiras vezes em que falei para ela que estava com dor cabeça e 'vendo coisas brilhando', quando ainda era bem pequena, ela achou que eu a estava imitando, mas infelizmente era verdade. Sofro com essa doença a vida toda."

Moradora de Pindamonhangaba (SP) e mãe de dois meninos, um de 10 anos e outro de três, ela conta que a manifestação da sua aura se dá por meio de vista embaçada e, na sequência, pequenos pontos brilhantes, que vão crescendo até tomar conta de metade do olho.

"Na infância isso acontecia duas ou três vezes por mês, e os professores até me liberavam da aula, pois sabiam que eu ficava bem mal. Na adolescência e no início da fase adulta passou para duas vezes por semana", relata.

Na busca por se livrar do problema ou ao menos diminuir o número de crises, M.A.S procurou diversos médicos e fez uma série de tratamentos, mas sem muito sucesso.

"Tomei tudo quanto é tipo de analgésicos... Eles adiantavam por algum tempo, mas depois voltava tudo, e nem adiantava aumentar a dosagem. Só fiquei livre da enxaqueca durante as minhas duas gravidezes, acho que por causa dos hormônios", diz.

Após o nascimento do segundo filho, sua situação piorou, já que as dores de cabeça se tornaram diárias, e as idas ao hospital mais frequentes. "Eu já acordava mal, e passava o dia à base de medicamentos para poder trabalhar. Nessa época também comecei a sentir tontura e suava frio. Cheguei num ponto em que não aguentava mais, estava desesperada", recorda.

Após muitas pesquisas na Internet a bancária conheceu o Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (www.cente.net.br) na cidade de Taubaté. "Comecei a seguir e tomar os medicamentos que foram prescritos. Mudei, por exemplo, meus hábitos alimentares. Parei de tomar café e cortei o açúcar, entre outras coisas. Com isso, a intensidade da dor diminui e as crises caíram para oito por mês, mais ou menos, e só uma é com aura. Ainda não tenho a vida que desejo, mas estou no caminho certo. Agora tenho esperança", completa.

Quem também sofre com esse problema é a escriturária R.M.G de 45 anos. "Minha primeira crise já foi com aura, por volta dos 20 anos, e desde então é sempre igual. Vejo um pequeno raio, e ele se expande até eu não enxergar mais nada. Depois de alguns minutos é que vem a dor de cabeça, e bem forte."

Apesar de ter perdido as contas de quantos médicos procurou e de quantos tratamentos já tentou, ela diz que até hoje não sabe o que causa a enxaqueca e também nunca foi informada sobre a aura. "Descobri o que era assistindo televisão."

Nestes 25 anos convivendo com a doença, R.N.G. teve épocas de melhora e piora. Atualmente em tratamento no Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca, diz que os episódios diminuíram bastante. "Fico seis meses sem nada, mas se descuido volta e tenho duas ou três crises no mesmo mês. O que não posso é ficar sem acompanhamento médico e sem medicamentos. Levo para todo lugar que vou, porque nunca sei o que vai acontecer."

Enxaqueca com aura

Também chamada de oftalmológica ou ocular, a enxaqueca com aura não tem nada a ver com a visão. Na verdade, assim como a clássica, ela está totalmente relacionada com o cérebro.

É comum os pacientes com enxaqueca procurarem primeiro um oftalmologista por conta dos sinais visuais gerados pela enfermidade.

Até existem algumas doenças com sintomas parecidos, como descolamento de retina, então temos de descartar todas as possibilidades antes de encaminhar o paciente para o neurologista.

Mas o que é exatamente a enxaqueca com aura? A enxaqueca em si é uma doença crônica, cuja principal características é dor de cabeça forte, normalmente pulsátil. Suas causas ainda não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que ocorre um desequilíbrio bioquímico no cérebro, associado a predisposição genética e fatores ambientais e comportamentais.

Já a aura é um fenômeno neurológico que ocorre antes - é o mais comum, daí ser conhecida como "premonição" -, durante ou até depois do aparecimento da dor.

O que acontece, neste caso, é uma alteração elétrica no cérebro, correlacionada com a depressão alastrante (onda de intensa atividade nervosa celular que se espalha pela camada externa do cérebro, o córtex). E ninguém sabe ainda porque algumas pessoas têm e outras não.

Os distúrbios da visão, pode causar ponto cego (escotoma), perda temporária da capacidade de enxergar e falta de foco. E isso pode ocorrer em um ou nos dois olhos, muitas vezes até com eles fechados.

Prevenção e tratamento

Para evitar a enxaqueca com aura as recomendações são as mesmas da enxaqueca clássica: descobrir os fatores desencadeantes, dormir bem - nem de mais e nem de menos -, evitar o estresse, ter uma alimentação saudável e equilibrada, não ficar muitas horas em jejum, praticar atividade física regularmente e se manter hidratado e tomar regularmente medicamentos preventivos.

É preciso salientar que diversos estudos mostram que este tipo de enxaqueca é um fator de risco para o acidente cerebral vascular (AVC). Por isso, é imprescindível que seus portadores parem de fumar e, as mulheres, suspendam o uso de anticoncepcionais hormonais combinados, que contenham estrógeno e progestágeno - eles reduzem as proteínas no sangue que protegem do derrame.

No mais, é fundamental buscar a ajuda de um especialista, a fim de que ele determine o melhor tratamento para o problema e indique os medicamentos necessários.

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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

ENTENDENDO A ENXAQUECA


A Enxaqueca é uma doença cerebral, recorrente e hereditária. Há quem descreva a Enxaqueca como um "sofrimento inútil".
É uma analogia apropriada. Afinal, toda dor, a princípio, existe por algum motivo.
Os circuitos cerebrais que disparam a dor funcionam como um alarme de incêndio que sinaliza que há algo errado. Alguns tipos de dores de cabeça servem para isso: uma forte dor na região frontal indica para uma causa, que é a infeção local, ou seja, sinusite.
A Enxaqueca, porém, não decorre de nenhuma patologia propriamente dita.
Não há risco que justifique o alerta, trata-se de um alarme falso. Na verdade um sofrimento inútil. Tudo leva a crer que, na enxaqueca, o sistema de alarme do corpo entra em pane.
Portanto, é um alarme de incêndio com defeito e circuitos cerebrais de comunicação da dor desregulados.
Pessoas que não sofrem de Enxaqueca filtram de forma eficiente os estímulos que o cérebro recebe a todo momento, seja através dos olhos, ouvidos, nariz ou da pele.
O cérebro de sofredores de Enxaqueca não é dos melhores nessa função.
Os neurônios são mais excitáveis do que o padrão normal, qualquer estímulo pode gerar respostas exageradas. Isso explica, por exemplo, por que uma luz perfeitamente normal parece tão intensa durante uma crise de Enxaqueca.
Mas como, então, consertar o alarme de incêndio hiperativo? Há décadas procuram resposta, mas em vão.
Convém mencionar, que quase todos os enxaquecosos levam consigo além de analgésicos uma longa lista de gatilhos que podem desencadear uma crise de Enxaqueca. E esta lista é longa: queijos, vinhos, chocolate, embutidos, fermentados, feijão. O glutamato monossódico, presentes em temperos em pó. Fora do campo da dieta, anticoncepcionais hormonais, excesso de calor ou frio, cheiros fortes, jejum prolongado. Noites de sono muito curtas ou longas demais. Isto é um martírio! Mas, é o preço a pagar por uma rotina de vida sem a famigerada dor.
Mesmo com estas restrições, os gatilhos
continuam sendo tão diversos e onipresentes que as vezes fica muito difícil evitá-los. Vejamos, por exemplo, o estresse, um gatilho óbvio!
Tomemos o chocolate, por exemplo, um vilão entre os enxaquecosos. Vamos procurar entender, no pródromo, nas 48 horas antes da dor de cabeça surgir, um dos sintomas mais claros é a avidez por doces, mesmo entre pacientes que evitam chocolate porque acreditam que ele é a causa da Enxaqueca. Nessa situação, a crise já começou. Pois o desejo descontrolado por chocolate (doces) provavelmente é mais uma característica da crise de Enxaqueca.
E quem afirma isso é um dos maiores especialistas em enxaqueca no mundo, o Professor Peter Goadsby, do Instituto de Neurologia da University College London. Ele defende que reconhecer sintomas do pródromo é mais importante do que evitar os gatilhos. Esse modo de agir, reduz as chances de o indivíduo ser pego de surpresa pelas crises que, sem dúvida, virão.
A lógica dos gatilhos é sedutora: traz explicações simples e uma sensação de controle.
Mas ela não é inofensiva. A tentativa dos pacientes de autoadministrar os gatilhos acaba atrasando a busca por um tratamento eficiente.
Se a enxaqueca fosse somente administrar os gatilhos, o problema não seria tão grande. A questão é mais complexa e exige uma pronta resposta com tratamento adequado.
Quanto mais você deixar o cérebro aprender a fazer enxaqueca, melhor ele fará.
A estimativa é que um paciente vai atribuir sua dor a, no mínimo, quatro gatilhos diferentes. E só quando eles falham (ou seja, a pessoa corta o chocolate, o vinho, a pílula, o queijo, e continua tendo crises) é que ela procura o médico para tratar a causa. Neste intervalo, o cérebro cursa seu mestrado em enxaqueca crônica.
Mas, felizmente a ciência apresenta caminhos, alguns deles muito recentes, que atacam o problema na raiz, e libertam o paciente de uma vida excessivamente regrada. Neste caso os gatilhos não fazem mais diferença.
O paciente ao chegar a uma consulta com médico neurologista, irá descobrir que existem, sim, tratamentos preventivos, que impedem as crises de aparecer.
Mas, também irá descobrir que nenhum destes medicamentos foi criado especificamente para Enxaqueca.
São medicamentos que servem, originalmente, para outras patologias, como hipertensão, epilepsia e depressão.
O grande inconveniente destas medicações são os efeitos colaterais, e os tratamentos são de longo prazo. E quando são administrados precisam de acompanhamento médico a cada 30 dias.
Não é surpresa, portanto, que oito em cada dez pacientes que começam o tratamento preventivo abandonam o processo no curso de um ano.
Não são só os pacientes que se incomodam com a ideia de que sua Enxaqueca não tenha um tratamento criado especificamente para ela. Partindo dessa premissa, o neurologista australiano Peter Goadsby e seu colega sueco Lars Edvinsson, estudaram uma molécula chamada CGRP, ou seja o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina.
No cérebro, ela atua como neurotransmissor, comprimindo e expandindo vasos sanguíneos. Eles demonstraram que a CGRP, este neurotransmissor, produzido principalmente pelo nervo trigêmeo, sensibiliza o cérebro, determinando as crises de Enxaqueca. A partir desta pesquisa, os cientistas tinham um alvo claro contra o qual agir. Então, surgiu a ideia de criar anticorpos para diminuir o excesso de CGRP no corpo.
Costumamos descrever anticorpos como 'soldados de defesa' do organismo, mas uma das principais atribuições deles é funcionar como um sistema de reconhecimento. É com essa habilidade que o nosso sistema imunológico sabe diferenciar uma célula 'aliada de uma bactéria perigosa. Agindo assim, os cientistas decidiram adaptar essa mesma lógica em laboratório. Criaram anticorpos sintéticos, 'treinados' especificamente para reconhecer moléculas de CGRP.
Além disso, anticorpos são moléculas grandes, ficam em circulação por longos períodos de tempo, porque o corpo demora para eliminá-las. Isso requer doses menos frequentes do medicamento, levando a resultados melhores.
E assim foram criados 4 anticorpos específicos para Enxaqueca e já aprovados nos EUA. São eles: Erenumabe (Aimovig), Galcanezumabe, Eptinezumabe e Fremanezumabe. Nos testes clínicos realizados estas drogas se mostraram eficazes, tendo debelado o quadro clínico das pessoas, em mais de 50% dos casos. E em cerca de 15% dos pacientes, as crises desapareceram completamente desde a primeira dose dos medicamentos.
Portanto, pela primeira vez na história da Enxaqueca, os cientistas também têm a ganhar, hoje eles conhecem cada detalhe de como o tratamento funciona. O objetivo, é usar esse conhecimento como base para futuros medicamentos, efetivamente capazes de curar os pacientes.
Este é, portanto, um momento inédito para os enxaquecosos, existem medicamentos eficazes, pensados especificamente para esta patologia, que só precisam ser administrados uma vez ao mês, com resultado rápido e sem efeitos colaterais. As quatro substâncias: Erenumabe Galcanezumabe Eptinezumabe e Fremanezumabe, já foram aprovadas pelo FDA, agência reguladora de saúde nos EUA.
Ao menos uma delas, o Erenumabe, deverá estar disponível no Brasil no primeiro semestre de 2019. Estes medicamentos são injetáveis, a aplicação é via subcutânea, sendo feita uma vez ao mês.
As empresas que irão comercializar este medicamento são: Amgen e Novartis. As quais afirmam que o preço final no Brasil não está definido.
A nova era na ciência da Enxaqueca traz consigo um poder que só quem sofre deste mal é capaz de entender. Menos crises representam, sim, menos dor, mas também menos tempo perdido no pronto-socorro. Mais dias produtivos no trabalho. Menos dias desperdiçados no escuro. Mais dias brilhantes de sol. Menos compromissos cancelados. E o mais importante, mais saúde com mais qualidade de vida!
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