quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Dia do Médico, 18 de Outubro, uma data para reflexão!

No caso de medicina, a humanização da relação médico-paciente é essencial. O elo entre médico e paciente deve ser necessariamente pautado pela empatia, o respeito e o cuidado. 

Certo é que estamos distantes desta realidade. Hoje, muitos colegas nem se dão ao trabalho de levantar a cabeça e olhar nos olhos de seus pacientes. A anamnese parece ter perdido a importância. A conversa, o escutar vão aos poucos sendo descartados em clínicas, hospitais e consultórios como coisas obsoletas. Inapelavelmente vencidos pelo tempo. 

Não. Não pode ser assim. Os exames precisam ser solicitados com base no diagnóstico. Alguns exames esfriam a relação médico-paciente e encarecem a medicina.

A medicina ideal não pode em momento algum perder sua ternura. O paciente não pode se transformar em um simples número de uma carteirinha de plano de saúde, ou de um número de classificação da doença (CID).

Paciente tem rosto, tem corpo, tem alma, tem nome. O foco do médico deve ser tratar o doente; confortá-lo e curá-lo sempre que possível.

Fazer essa reflexão em nosso Dia do Médico cada vez se torna mais essencial. Porém, temos de fazê-la diariamente e extirpar de nosso dia a dia os vícios que nos distanciam de nossos pacientes. 

A humanização da prática médica precisa novamente ser valorizada. Devemos apurar nossa sensibilidade e observar o doente mais atentamente, olhá-lo em sua essência. Uma relação consistente exige confiança e responsabilidade. O compromisso e os deveres imbuídos nessa interação são imprescindíveis para a boa prática médica. 

A medicina, volto a frisar, jamais pode perder seu lado humanístico, curvando-se a interesses econômicos. Somos profissionais cuja obrigação é prestar assistência médica competente e qualificada, a todos pacientes que por ventura nos procurarem, e sem distinções!

As dificuldades que permeiam nossa profissão são diversas: pressão por consultas rápidas, falta de estrutura, interferência de terceiros e longa filas de espera, só para citar alguns exemplos. A negligência governamental em todos os níveis também é empecilho à boa relação com os pacientes: a formação acadêmica hoje em dia é questionável, faltam investimentos na área da saúde, a rede suplementar prioriza o enriquecimento em detrimento da boa assistência médica.

Contudo, o bom médico não pode se curvar e aceitar passivamente essas ingerências, sejam elas quais forem. Não podemos mecanizar os atendimentos médicos. Escolhemos lidar com pessoas e, por isso mesmo, temos de priorizar o nosso lado humano. 

Devemos sempre extrair o melhor do conhecimento, de nossa atenção, e transmitir confiança para que o paciente sinta-se abraçado, acolhido. Ele precisa desta proximidade e de cuidados; é um direito que deve prevalecer.  

Tais princípios tem de reger toda a classe médica. Precisamos zelar por nossa credibilidade perante a sociedade, pautando o exercício profissional no Código de Ética Médica. Desvios são intoleráveis em quaisquer circunstâncias. O bem estar de nossos pacientes devem ser a razão de nossas vidas e de cada um de nossos atos!
Ser médico, antes de tudo, é saber ouvir com a alma e atender com o coração!

Dr.Fernando Ortiz

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

ENXAQUECA: PREVENIR E TRATAR!

Foi por entender que dores de cabeça não devem ser ignoradas e sim levadas a sério e tratadas que fundamos o CENTE (Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca: www.cente.net.br), um ambulatório para tratamento de enxaqueca. Nesta clínica especializada, os atendimentos ocorrem de segundas às sextas-feiras, das 14h às 18h.
Nestes anos de funcionamento, mais de 4 mil pacientes foram atendidos e cadastrados. A cada três meses retornam para uma nova avaliação. A cada ano pelo menos 120 novos pacientes buscam tratamento para as incômodas dores de cabeça no ambulatório.

Milhões de pessoas em todo o mundo têm a qualidade de vida comprometida por dores de cabeça ou cefaleias. Os especialistas mostram que a população mundial pode ser dividida em relação às cefaleias em quatro grupos: 

- um seleto grupo de 3 a 4% da população que nunca vai apresentar dor de cabeça
- um grande grupo de cerca de 70% das pessoas que apresentará dores de cabeça muito esporádicas (estas pessoas quase nunca lembram quando apresentaram a última cefaleia)
- um grupo de aproximadamente 25% de pessoas que apresentarão dores de cabeça recorrentes e frequentes por toda a vida ou em grande parte dela.
- um desafortunado grupo de 1% da humanidade que apresentará durante toda a vida ou em grande parte dela dores de cabeça diárias ou quase diárias.

De um modo geral, estima-se que 95% da população apresenta pelo menos uma cefaleia a cada ano e destes 9% necessitem de auxílio médico para o alívio de suas dores. As enxaquecas afetam principalmente as mulheres. Estima-se que entre 6 a 8% dos homens e 16 a 25% das mulheres maiores de 18 anos sofram com enxaquecas. O curioso é que nos extremos da vida esta diferença tende a cair. Meninos e meninas têm praticamente a mesma chance de ter enxaqueca. 

As dores de cabeça representam a décima das vinte maiores causas de procura a consultórios médicos e a quarta causa de procura a serviços de emergência (National Center for Health Statistics, EUA, 2002).
A maioria dos sofredores de dores de cabeça recorrentes diz que elas  interferem muito em suas atividades físicas e nos relacionamentos com a família e amigos. O impacto no trabalho é outro dado importante. Cerca de 30% dos pacientes com enxaqueca têm mais de 10 dias de trabalho prejudicados por ano (ausência e/ou baixa produtividade por causa da dor).

Apesar dos efeitos na qualidade de vida de grande parte da população nem sempre as dores de cabeça são vistas como um problema real. Ainda alimentados com ideias como “dor de cabeça é assim mesmo, toda a minha família tem” ou “dor de cabeça não tem tratamento”, não procuram auxílio médico. Em estudo brasileiro que realizado, ficou demostrado que aproximadamente 25% das pessoas que apresentam cefaléias recorrentes nunca procuram auxílio médico e os que o fazem demoram em média 5 anos para fazê-lo.

O tratamento das cefaléias primárias se baseia no restabelecimento do equilíbrio bio-elétrico cerebral através de medicamentos para as crises (medicamentos que desligam o alarme) e medicamentos profiláticos, para evitar as crises (medicamentos que regulam o alarme). Além disso, o reconhecimento e controle de eventuais fatores desencadeantes (situações, circunstâncias, alimentos que fazem o alarme disparar) é fundamental para o sucesso terapêutico. 

As crises leves que não interferem nas atividades muitas vezes se resolvem com analgésicos comuns e medidas simples, como sono ou repouso. As crises moderadas a intensas que interferem nas atividades, chegando às vezes a incapacitar a pessoa, devem receber tratamento medicamentoso e acompanhamento médico cuidadoso. Nestas ocasiões, o tratamento deve ser feito idealmente em centros especializados onde os neurologistas estão melhor credenciados e mais habituados a fazer o diagnóstico diferencial e o tratamento adequado. 

A identificação de fatores desencadeantes ou deflagradores e os cuidados para evitá-los ajudarão a terapêutica medicamentosa. Lembramos que esses fatores, no entanto, são muito individuais e não existe uma regra para todos os sofredores de dores de cabeça recorrentes. Enquanto certos alimentos ou exposições prolongadas ao sol, por exemplo, podem desencadear as crises em alguns, em outros as dores não são afetadas pelos mesmos ou são outros os deflagradores. De um modo geral, recomendam-se as regras válidas para todos em busca de uma boa qualidade de vida (melhor gerenciamento do estresse, exercícios regulares, alimentações apropriadas).
Dr.Fernando Ortiz, neurologista, especialista em tratamento de dores de cabeça e Enxaqueca, fundador e diretor clínico do Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca: www.cente.net.br

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