segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CEnTE:Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca


CEnTE:Ambulatório deTratamento da Enxaqueca

Esta introdução explica o papel do Ambulatório de dor de cabeça (cefaléia) e enxaqueca. Convém ressaltar, que a dor talvez seja a principal determinante do sofrimento humano. E é esse o principal objetivo do Ambulatório, que aborda e trata uma das formas mais freqüentes de dor, que é a enxaqueca. A enxaqueca, além de produzir sofrimento e incapacidade, é seguramente à causa mais comum de afastamento do trabalho, gerando um enorme ônus para a sociedade. Por essas razões deve ser considerado um sério problema de saúde pública.
A cefaléia é um sintoma debilitante e frequente na população geral cuja prevalência ao longo da vida, chega a 93% nos homens e 99% nas mulheres e cerca de 40% das pessoas tem cefaléia com certa regularidade (Rasmussen, 1993). No Brasil, 68,47% de pessoas relataram apresentar pelo menos uma crise de cefaléia uma vez no ano.


O que é Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca (CEnTE)? 

O Centro Especializado no Tratamento de Enxaqueca é um Ambulatório especializado no diagnóstico e tratamento de enxaqueca e dores de cabeça. O CEnTE esta ligado a um serviço de neurologia de um hospital e é dirigido por um neurologista expert em enxaqueca. O ambulatório normalmente é compostos por uma equipe multidisciplinar.
Um Ambulatório de enxaqueca será capaz de confirmar se suas dores de cabeça são enxaqueca, reverter o quadro clínico e rever o tratamento atual e sugerir maneiras pelas quais você pode administrar sua condição de sofredor de enxaqueca.
O profissional médico do Ambulatório irá, além de tratá-lo repassará a você conhecimentos sobre a enxaqueca e propor tratamentos eficazes, muitas vezes,  capaz de reverter o quadro clínico e controlar as crises de enxaqueca.
 

Será que todas as pessoas com enxaqueca necessitam recorrer a um CEnTE?

A maioria das pessoas que sofrem de enxaquecas ou com suspeita de ser portadora desta patologia, devem marcar uma consulta com um médico especializado e serão atendidas exclusivamente no setor específico destinado ao atendimento de Enxaqueca(CEnTE)
Se você não responde bem ao tratamento ou se a sua enxaqueca não esta evoluindo bem, neste caso uma investigação mais aprofundada pode ser necessária.
 As razões de seu médico querer encaminhá-lo para um Centro especializado incluem:
  • Dúvida sobre o diagnóstico de enxaqueca;
  • Uma forma rara de enxaqueca pode ser a suspeita;
  • Outras dores de cabeça além da enxaqueca estão presentes e podem complicar o diagnóstico;
  • O tratamento não está funcionando bem para você;
  • Sua enxaqueca ou dores de cabeça estão piorando com mais frequência;
  • A seu pedido. 

Como posso ser encaminhado para um Centro Especializado no Tratamento de enxaqueca (CEnTE)?

O CEnTE  irá solicitar uma carta de encaminhamento de um médico antes de aceitarem como novo paciente. Este encaminhamento pode ser de um médico de um posto de saúde da periferia da sua cidade ou, seu médico particular (ou de convênio), mas pode ser também um médico da rede hospitalar ou outro profissional médico do SUS.


O Centro Especializado no Tratamento de enxaqueca (CEnTE) têm longas listas de espera?

O número de novos pacientes do CEnTE  pode depender muito do número de funcionários que têm e os seus horários de funcionamento. O Ambulatório  estará aberto por algumas horas por semana e a maioria tem uma lista de espera. Para a maioria das pessoas, a primeira consulta vai demorar algumas semanas.


Como devo me preparar para minha primeira consulta?

Um diário de Enxaqueca:

Antes de ir a um Ambulatório de Enxaqueca para a sua primeira consulta vale a pena manter um diário de suas crises de dor de cabeça. Manter um registro destas crises pode ser muito útil para ajudar o médico a ter uma imagem clara da enxaqueca. Isso também é importante porque, como não há nenhum exame específico para o diagnóstico de enxaqueca, muito será feito com base na sua descrição. O diário pode incluir informações sobre:
  • Quando começa a dor de cabeça (hora do dia, dia da semana)
  • Quantas vezes ocorrem às dores de cabeça
  • Onde a dor é localizada
  • O tipo de dor (latejantes, pontadas etc.)
  • Se existem sintomas associados (náuseas, vômitos,ou outros)
  • Quanto tempo as crises duram, qual foi a última crise?
  • Qual o medicamento que você toma?
  • O tratamento é eficaz ou não 
O diário pode conter muitas informações sobre vários aspectos da sua vida diária. Isso pode incluir:
  • Se você sofrer de insônia 
  • Refeições falhas ou atraso
  • As mulheres devem registrar detalhes de seu ciclo menstrual.
Muitas vezes, é útil observar se você fez alguma coisa diferente antes da crise, como a falta de uma refeição, principalmente durante as 24 horas antes da dor de cabeça começar.
Iniciar as anotações de suas crises de enxaqueca através um "Diário de Enxaqueca” (em Anexo).

Registro de medicação

O médico precisa saber os nomes e as doses de qualquer medicação que você tenha experimentado antes. Isto deve incluir remédios de ervas e tratamentos complementares (tais como acupuntura, homeopatia) que você tentou antes de procurar o CEnTE

O que vai acontecer na minha primeira consulta?

A sua primeira consulta ao CEnTE, o médico fará um levantamento detalhado de sua história clínica e sobre sua condição, incluindo dados de sua medicação prescrita e os resultados destes medicamentos, quando a sua enxaqueca começou e com que freqüência as dores de cabeça ocorrem. O médico irá perguntar sobre como você tem tomado seus medicamentos - se foram em forma de comprimido ou através de inaladores, ou injeções. Provavelmente você vai ser submetido a um exame físico. Isto pode fornecer pistas importantes para o médico. Durante sua primeira consulta o médico também fará muitas perguntas sobre a história de sua patologia atual.

Qual o tratamento que me serão oferecidos?

A natureza complexa das enxaquecas significa que os tratamentos disponíveis são variados e diferem de pessoa para pessoa. Não há atualmente nenhuma cura para a enxaqueca, existe um controle do quadro clínico e melhora da qualidade de vida. 
Uma vez que o diagnóstico de enxaqueca foi confirmado, o médico do CEnTE irá sugerir maneiras pelas quais você pode administrar as crises. Isso pode significar a tentativa de utilizar um novo medicamento, conselhos sobre seu estilo de vida, sugestões como lidar com seus sintomas e a enxaqueca para ajudar a minimizar o impacto sobre sua vida cotidiana.
Muitas pessoas apresentam pelo menos um fator desencadeante que resulta em enxaqueca. Na maioria dos casos, há um acúmulo de fatores desencadeantes, que podem incluir hábitos alimentares, mudanças de clima, mudança nos padrões de sono, falta de uma refeição e mudanças hormonais nas mulheres.
Se a sua enxaqueca não for possível ser controlada desta forma o médico pode prescrever drogas preventivas, embora isso seja necessário para a maioria das pessoas com enxaqueca.
 

Retornos para acompanhamento

Sempre é possível fazer um diagnóstico de enxaqueca na sua primeira consulta. Mas, é necessária uma série de retornos ao seu médico para controle da patologia e é importante manter um "Diário de Enxaqueca" detalhado, atualizado e sempre trazê-lo nos próximos retornos, que serão agendados. Se você  tem outro tipo de dor de cabeça será tratado e controlado no CEnTE. Depois de alguns retornos ao Ambulatório muitas pessoas acham que não precisam  mais voltar e abandonam o tratamento.Neste caso,pode ocorrer recidiva e piora do quadro clínico,devido ao abandono do tratamento.Portanto,você deve aguardar do médico a alta do tratamento proposto!

Fonte:
“Cefaléias Primárias: Aspectos Clínicos e Terapêuticos”.Fernando Ortiz;Edgard Raffaelli Jr et al. (2ª Edição). São Paulo: Editora Zeppelini, 2002.


“DIÁRIO DE ENXAQUECA”

O diário de enxaqueca é um instrumento de grande valia, é um método auxiliar no acompanhamento do tratamento, avaliando à eficácia das medicações prescritas contribuindo para uma melhor orientação profilática e principalmente no acompanhamento da evolução do quadro clínico, além de estimular à adesão ao tratamento. O diagnóstico clínico da enxaqueca é baseado nas características da dor e sintomas associados, portanto o seu conhecimento torna-se uma importante ferramenta para o diagnóstico correto. Para isso é importante que o paciente tenha e preencha corretamente um diário de enxaqueca, registrando o dia, horário de início e término da dor bem como sua intensidade e o alívio obtido após o uso da medicação.
Esses dados irão ajudar muito durante a consulta com o médico. (Siga as instruções e preencha em cada dia da semana a evolução da sua Enxaqueca).


      Nome :______________________________________Mês:______Ano:_________ 
         
Medicação Preventiva :_______________________________________Dose:______



Medicação na Crise__________________________________________Dose:_____



(Nos quadrados abaixo, marcar o número correspondente quanto a intensidade da DOR).

INTENSIDADE DA DOR: 0. AUSENTE 1.LEVE(Não Interfere nas Atividades) 2.MODERADA

(Interfere nas Atividades) 3.FORTE(Incapacita para Atividades )
(Nos quadrados abaixo, marcar o número correspondente quanto ao alívio da DOR Obtido)

ALÍVIO DA DOR: 0.NENHUM ALÍVIO 1.ALÍVIO LEVE 2.ALÍVIO MODERADO 3.ALÍVIO COMPLETO



MÊS:________DIA
01
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Intensidade
da DOR

Manhã















Tarde















Noite















Madrugada















Mênstruo
(Marcar X)















Alívio da Dor

















MÊS:________DIA
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Intensidade
da DOR

Manhã
















Tarde
















Noite
















Madrugada
















Mênstruo
(Marcar X)
















Alívio da Dor




































SINTOMAS ASSOCIADOS, MARCAR: N.Náuseas- V.Vômitos- FT.Fotofobia- FN.Fonofobia- OM.Osmofobia

Outros(especificar):_____________________



Mês__________ Dia
01
02
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Sintomas
Associados
















Mês__________ Dia
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31
Sintomas
Associados



















HISTÓRIA DA ENXAQUECA






A dor talvez seja a principal determinante do sofrimento humano.E uma das formas mais freqüentes de dor, é a enxaqueca. Além de produzir sofrimento e incapacidade, é seguramente a causa mais comum de afastamento do trabalho, gerando um enorme ônus para a sociedade. Por essas razões deve ser considerada um sério problema de saúde pública.
A cefaléia é um fenômeno conhecido desde os primórdios da história da humanidade; descrições relativas ao quadro das cefaléias são feitas há mais de 3.000 anos a.C., segundo escritos sumerianos da época.Convém enfatizar que achados arqueológicos de civilizações neolíticas, com data aproximada de 7.000 anos a.C., já sugeriam que os povos da época tinham intensas crises de dores de cabeça, interpretadas como a presença de maus espíritos dentro do crânio.
O tratamento empregado era a trepanação, e consistia na abertura de orifícios no crânio, para a saída dos maus espíritos que causavam a dor de cabeça. Um documento datado de 1200 a.C., o papiro Ebers prescrevia tratamentos para dor de cabeça e mencionava a dor com características sugestivas de enxaqueca e neuralgias.
Neste papiro, os antigos egípcios, há 1.550 anos a.C.,gravaram uma cena de tratamento de cefaléia, descrita da seguinte forma:
“O médico deve amarrar à cabeça do paciente um crocodilo feito de barro, com olhos de louça e trigo na boca, usando uma faixa de puro linho sobre a qual devem estar escritos os nomes dos Deuses”.
Os relatos sugeriam a melhora desses pacientes, provavelmente devido a compressão das artérias dilatadas do couro cabeludo. Em 400 a.C., Hippocrates descreveu a visualização de raios luminosos precedendo a dor da enxaqueca. Ele também mencionou a possibilidade desta dor ter sido iniciada por exercícios e relações sexuais e acreditou que eram decorrentes da ascensão de "vapores" do estômago para a cabeça, uma vez que eram aliviadas por vômitos. Celsius, que viveu entre 215 e 300 d.C., observou que vinho, frio, calor e exposição ao sol poderiam provocar crises de dor de cabeça com características de enxaqueca, mas as primeiras descrições clássicas de enxaqueca foram feitas por volta do século 2 d.C. por Aretaeus da Capadócia, que se refere a uma forma de dor, unilateral ao crânio, e que ocorria a intervalos mais ou menos regulares; essa forma de dor foi descrita em livro- texto sobre a prática da Medicina.

Origem da palavra enxaqueca:
Foi Galeno de Pergamon (200 d.C. ) que denominou essa dor de Hemikrania, porque era uma cefaléia que acometia somente a metade do crânio. Como a influência árabe predominou na Península Ibérica, o vocábulo hemicrania foi traduzido por Ax- xaqiqâ; a partir de então a língua espanhola incorporou o termo como jaqueca, sendo a seguir adotado pela língua portuguesa como enxaqueca.

O vocábulo hemicrania originou Migraine na língua inglesa e francesa, transformando-se na palavra mais empregada no mundo científico.
Em vista do exposto para acompanhar a nomenclatura internacional a Sociedade Brasileira de Cefaléia resolveu adotar a palavra Migrânea para designar a afecção.
Várias personalidades ilustres da história sofriam de enxaqueca:
O Imperador Júlio César, Thomas Jefferson, Lewis Carrol, Sigmund Freud, Napoleão Bonaparte, Rainha Catarina de Médicis,Friedrich W. Nietzsche, Miguel de Cervantes,Frederick Chopin, Charles Darwin, Madame de Pompadour,Leon Tolstoy, entre outros, viveram as suas vidas acompanhados de crises marcantes de enxaqueca. Entre nós, João Cabral de Mello Neto,o maior poeta brasileiro do século passado,transformou
em poesia os efeitos da Aspirina, seu santo remédio para combater as diárias dores de cabeça com características sugestivas de enxaqueca que o atormetaram por meio século de sua existência.
Definição de Enxaqueca:
“A enxaqueca é originada por um distúrbio bioquímico cerebral herdado, é uma cefaléia crônica primária que ocorre por paroxismos, ou seja, tem um começo e um fim bem delimitados. Duas horas, no máximo até três dias, e pode ser acompanhado por náuseas, vômitos, fotofobia, fonofobia e osmofobia. É uma dor latejante, em peso ou em pressão, que se localiza na maior parte dos casos na região temporal, mas pode ocupar qualquer outra localização no crânio ou mesmo ser bilateral. Pode ser fraca, média, forte ou muito forte”.

Neste blog você encontrará o que existe de mais recente no diagnóstico e tratamento desse quadro que acomete milhões de pessoas em todo mundo. E que também pode ser melhor definido assim: “É uma reação neurovascular anormal que ocorre num organismo geneticamente vulnerável e que se exterioriza, clinicamente, por episódios recorrentes de cefaléia e manifestações associadas que geralmente dependem de fatores desencadeantes”.

Histórico:
Vale lembrar que durante séculos as causas mais diversas foram atribuídas às dores de cabeça, dentre as mais bizarras destacamos os maus espíritos.
O estudo científico da dor era obscuro e atribuía-se a dor a mecanismos psicológicos e as formas de tratamento eram as mais estapafúrdias.
Somente em 1938, quando John R. Graham publicou em parceria com seu mestre Harold G. Wolf o artigo clássico que comprovava a ação do Tartarato de Ergotamina na contração dos vasos sangüíneos dilatados durante a crise de enxaqueca, que definitivamente inicia-se a investigação moderna sobre essa afecção.

Em 1943 foi sintetizada por Stoll e Hofman a Diidroergotamina (DHE), menos tóxica do que o Tartarato de Ergotamina. E, em 1945, a DHE é indicada para o tratamento das crises de enxaqueca por Horton, Peters e Blumenthal (Mayo Clinic), sendo hoje utilizada em muitos países.

Em 1959, Sicuteri publicou artigo científico comprovando a eficácia da droga Metisergida no tratamento da enxaqueca.
Nos idos de 1984, Michael Moskowitz, propõe um modelo para explicar os mecanismos fisiopatológicos da enxaqueca, ao qual denomina “Teoria Trigêmino Vascular”.
Trata-se de uma teoria notável e ainda alvo de inúmeras pesquisas.
No fim da década de 80, o pesquisador Patrick Humphrey e colaboradores, já cientes do envolvimento de um receptor serotoninérgico no desencadeamento do quadro da enxaqueca, sintetizaram o Sumatriptano, específico para o tratamento das crises de enxaqueca e ainda hoje largamente utilizado em todo mundo.

Atualmente, essa classe de drogas chamada Triptanos, e com novas e mais eficazes substâncias (como Naratriptano, Zolmitriptano, Rizatriptano, Frovatriptano, Almotriptano e Eletriptano) tem propiciado a melhora acentuada dos pacientes vítimas de enxaqueca, com pronto restabelecimento e retorno às sua atividades normais num curto espaço de tempo, significando um grande avanço no campo da Cefaliatria(Estudo da Cefaléia),buscando uma melhor compreensão no que realmente ocorre no cérebro de uma pessoa com enxaqueca.

Historicamente outros acontecimentos marcaram época, principalmente nos idos de1959, quando foi criada a Associação Americana para o Estudo da Cefaléia (American for the Study of Headache).

Em 19 de maio de1978 foi fundada a Sociedade Brasileira de Cefaléia, que além de organizar congressos, promove simpósios, jornadas e cursos em todo o Brasil, procurando disseminar os conhecimentos mais atuais no diagnóstico e tratamento dos diferentes tipod de cefaléia.

O grande impulso dado ao estudo da cefaléia ocorreu em 1981, quando foi fundada a Sociedade Internacional de Cefaléia (International Headache Society), que teve seu primeiro congresso em 1983, em Munique. Desde então, a cada dois anos realiza congresso em diferentes partes do mundo, difundindo o estudo dessa especialidade tão complexa e ao mesmo tempo tão importante, que restitui aos pacientes cefaléicos a qualidade de vida perdida em razão do sofrimento.

Já foram descritos cerca de 200 tipos diferentes de cefaléia, cada um com seu quadro peculiar e seu tratamento diferenciado. A Sociedade Internacional de Cefaléia,publicou a Classificação e Critérios Diagnósticos das Cefaléias, Nevralgias Cranianas e Dor Facial, a partir da qual o estudo desse assunto torna-se cada vez mais aperfeiçoado, palpitante e atual.
Na década de 1960, surgiram os primeiros médicos que receberam os ensinamentos e a formação altruísta dada por John R. Graham, e que até os dias atuais são referências mundiais no campo de estudo da Cefaléia. Entre eles, destacam-se o norueguês Ottar Sjaastad e o brasileiro Edgard Raffaelli Jr (In memorian).

Se não fosse a determinação e o pioneirismo dos grandes mestres, o avanço verificado nas últimas décadas, que tanta melhora trouxe aos sofredores de enxaqueca, não teria ocorrido e provavelmente estaríamos ainda engatinhando no estudo desta afecção.

Essa introdução é um breve resumo da história da cefaléia e não tem a pretensão de ser a transcrição da história completa dessa afecção.O intuito é principiar colegas ou interessados, não familiarizados com o tema, no campo de estudo da Cefaléia.


Fonte:
“Cefaléias Primárias: Aspectos Clínicos e Terapêuticos”.Fernando Ortiz;Edgard Raffaelli Jr et al. (2ª Edição). São Paulo: Editora Zeppelini, 2002.
 

ANÁLISE DE LIVRO:"CEFALÉIAS PRIMÁRIAS...

 
Fernando Ortiz & Edgard Raffaelli Jr.(in memorian) editores e autores do livro "CEFALÉIAS PRIMÁRIAS: ASPECTOS CLÍNICOS E TERAPÊUTICOS", reúnem as contribuições sobre cefaléia preparadas por Abouch V. Krymchantowski, Carlos Alberto Bordini, Deusvenir de Souza Carvalho, Eliova Zukerman, Getúlio Daré Rabello, Jayme Antunes Maciel Jr., Marco Antonio Arruda, Pedro Ferreira Moreira Filho, Wilson Farias da Silva, Wilson Luiz Sanvito e por eles mesmos que foram preparadas em função dos temas para o I Congresso Paulista de Cefaléia e II Simpósio de Atualização em Enxaqueca (Campos do Jordão SP, 17 e 18 maio 2002), coordenado por Fernando Ortiz. Como este salienta no Prólogo, na qualidade de editor e autor deste livro, somaram-se os conhecimentos e a experiência de cada um dos colaboradores para oferecer uma visão prática e atualizada sobre os principais tópicos da Cefaliatria.
A matéria do livro é distribuída em vinte capítulos. Os primeiros têm como objetivo a enxaqueca ou migrânea: introdução, diagnóstico e tratamento, fisiopatologia, profilaxia. Seguem-se capítulos acerca de tipos de cefaléia: tensional crônica, em salvas, crônica diária, cervicogênica. Após, são sucessivamente tratados temas sobre tipos de enxaqueca (não-responsiva ao tratamento, menstrual e na tensão pré-menstrual, na infância, em idosos); emprego dos triptanos; cefaléias (primárias, na emergência, e sono, idiopática em facadas) e controvérsias. Três apêndices encerram o livro: classificação internacional das cefaléias, recomendações para o tratamento de crise migranosa, recomendações para o tratamento profilático da migrânea.
Este livro é mais um feito que busca manter sempre atualizado o cefaliatra, o neurologista e o médico generalista. Além do conteúdo de todos os capítulos da obra ser estribado no que há de mais destaque na literatura médica atual, é ele balizado pela experiência de seus autores no assistir seus pacientes. Ainda, o caráter didático da organização do conteúdo deste livro garante o seu manuseio obrigatório pelos estudiosos do sempre empolgante tema das cefaléias.


PROF.DR. ANTONIO  SPINA-FRANÇA
(Professor Titular Emérito de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Editor Executivo dos Arquivos de Neuro-Psiquiatria-Jornal Oficial da Academia Brasileira de Neurologia. )

Medicamentos em excesso piora o quadro de Enxaqueca

Se existisse um tratamento ideal para enxaqueca, ele começaria em procurar um médico se os episódios de dor fossem mais frequentes do que uma vez por mês. Após eliminar causas graves – como tumores e acidente vascular cerebral –, o médico seguiria com a identificação dos gatilhos da dor e com tratamentos melhor indicados. Na prática, porém, o problema é tratado de forma imediatista: Quando a dor chega, algum analgésico, em geral sem qualquer indicação médica, é sempre a primeira opção.

“O uso excessivo e sem indicação médica de analgésicos para dor de cabeça já mostrou que esse é um comportamento perigoso, que pode agravar a intensidade e a frequência das crises” garante o neurologista Dr. Alan Rapoport (*), especialista em dores de cabeça e enxaqueca .Entre as centenas de tipos de dor de cabeça descritos pela medicina, a enxaqueca é o mais estudado. Não é para menos. As crises, que podem ser até diárias, causam dores incapacitantes e uma série de sintomas desagradáveis como tonturas, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz,ruídos e odores. Quem tem enxaqueca em geral não consegue trabalhar durante as crises.

“As pessoas sentem tanto incômodo que se isolam em um quarto escuro, se enchem de remédios e esperam a dor passar para seguir com suas vidas” conta Rapoport.
Uma recente pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina e num universo de 3.848 pessoas nas cinco regiões do País encontrou-se uma prevalência de enxaqueca nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, de 9,5%, 8,5% e 13,6%, respectivamente. Na população do Sudeste e do Sul, a prevalência foi ainda mais alta: 20,5% e 16,4%.

Melhor tratamento:

Hoje se sabe que a enxaqueca é causada por uma série de pequenas alterações na química e nos circuitos dos neurônios, especialmente na região do cérebro ligada à visão. Por isso, explica Rapoport, antes da dor, um terço dos portadores tem uma espécie de distúrbio visual conhecido com aura.

Com tantos sintomas ruins, fica difícil resistir ao apelo de medicamentos que resolvem as crises, às vezes de forma bem rápida. Mas é possível controlar a enxaqueca com um arsenal de tratamentos disponíveis que inclui técnicas de relaxamento e massagem e gerenciamento do estresse e mudanças comportamentais – identificar os gatilhos da dor e aprender a gerenciá-los ou evitá-los pode reduzir a intensidade e principalmente a frequência das crises.

Quando tudo isso não é suficiente, um amplo leque de medicamentos pode entrar em ação para ajudar.São usados medicamentos como os triptanos, as ergotaminas entre outros. Uma novidade recente é o uso da toxina botulínica – o nome Botox é, na verdade, uma marca comercial que nomeia essa substância.

Nos últimos anos, dois grandes estudos idênticos, com portadores de enxaqueca crônica, ou seja, mais de 15 crises por mês, mostraram que ela melhorava os episódios de dor em relação a quem recebia o placebo (tratamento sem efeito).

Pesquisas também vêm mostrando que algumas vitaminas e minerais, quando tomados diariamente, ajudam a reduzir a intensidade e a frequência das crises.Citamos como exemplos a vitamina B2 (riboflavina), a coenzima Q10, o magnésio e a melatonina, uma substância que está ligada aos ciclos de sono e vigília do corpo.

“São substâncias que existem naturalmente no corpo. Repor ou até aumentar os níveis delas pode ajudar algumas pessoas. Infelizmente, não existe um único tratamento que funcione para todo mundo, porque existem centenas de tipos de dor de cabeça. Alguns respondem muito bem a um medicamento que para outros não faz efeito algum.” diz Rapoport.

Entre remédios já em uso e novas drogas ainda em fase de pesquisas, o neurologista garante que é possível combater a dor com diferentes mecanismos de ação e novas vias de administração.

“Há drogas injetáveis, sprays nasais e até inaladores, que atuam mais rapidamente do que os medicamentos orais. Hoje estão em estudo adesivos (patches) para colocar na pele e até uma substância em pó, administrada por via nasal” conclui.




 

(*)Dr. Alan M. Rapoport: É diretor e co-fundador do The New England Center for Headache, em Stamford, Connecticut, e Diretor Médico da Unidade de Internação de Dor de cabeça em Greenwich Hospital. Ele é Professor Assistente de Neurologia Clínica da Escola de Medicina da Universidade de Yale em New Haven.

ENTENDENDO A ENXAQUECA

Definição:
A enxaqueca é originada por um distúrbio bioquímico cerebral herdado,é uma cefaléia primária que tem um começo e um fim bem delimitados.Dura horas,no máximo até 3 dias,e pode ser acompanhada por náuseas, vômitos, sensibilidade à luz,sons e cheiros.É uma dor latejante,em peso ou pressão,que se localiza na região temporal,mas pode ocupar qualquer outra localização no crânio.Pode ser uma dor leve,moderada,forte ou muito forte. 
Algumas pessoas que sofrem de enxaqueca têm sintomas de aviso, chamados de aura, antes que comece a enxaqueca propriamente dita. A aura é um grupo de sintomas, geralmente distúrbios visuais, que serve como um sinal de aviso de que uma dor de cabeça muito forte está chegando. A maioria das pessoas, entretanto, não tem esses sinais de aviso.

Nome Científico:

 Migrânea.

Causas, incidência e fatores de risco:

Muitas pessoas têm enxaquecas – cerca de 11 em 100. As dores de cabeça tendem a aparecer pela primeira vez entre os 10 e os 46 anos. Ocasionalmente, as enxaquecas podem acontecer mais tarde em uma pessoa sem histórico dessas dores.
As enxaquecas ocorrem mais frequentemente em mulheres que em homens e podem ser genéticas. As mulheres podem ter menos cefaléia durante a gravidez. A maior parte das mulheres com esse tipo de dor de cabeça tem menos episódios durante os dois últimos trimestres da gravidez.
A enxaqueca é causada por uma atividade anormal do cérebro, que é desencadeada pelo estresse, alguns alimentos, fatores ambientais, entre outros. Algumas teorias são a favor que as enxaquecas se devem as alterações nos vasos sanguíneos do cérebro.Devido ao desequilíbrio no sistema nervoso, especialmente no nervo trigêmeo, podem desencadear a dilatação e inflamação dos vasos sanguíneos na cabeça. Esta dilatação e inflamação é responsável pela dor de cabeça durante uma enxaqueca.

Os ataques de enxaqueca podem ser desencadeados por:
  • Álcool
  • Reações alérgicas
  • Luz forte
  • Certos cheiros ou perfumes
  • Alterações nos níveis hormonais (que podem ocorrer durante o ciclo menstrual feminino ou com o uso de contraceptivos orais)
  • Alterações nos padrões de sono
  • Exercícios físicos
  • Ruídos fortes
  • Saltar refeições
  • Estresse físico ou emocional
Alguns alimentos e conservantes de alimentos podem desencadear enxaquecas em algumas pessoas.

Os desencadeadores relacionados com a comida incluem:
  • Qualquer alimento processado, fermentado, marinado ou em conserva
  • Assados
  • Chocolate
  • Produtos lácteos
  • Alimentos contendo glutamato monossódico (GMS)
  • Alimentos contendo tiramina, como vinho tinto, queijos curtidos, peixe defumado, fígado de galinha, figos e certos tipos de feijão
  • Frutas (abacate, banana e frutas cítricas)
  • Carne contendo nitratos (bacon, salsicha, salame, carnes curadas)
  • Castanhas
  • Cebolas
  • Manteiga de amendoim
Essa lista pode não incluir todos os desencadeadores.
A verdadeira enxaqueca não é resultante de um tumor cerebral ou de outro problema grave. Contudo, somente um médico experiente pode determinar se seus sintomas se devem a uma enxaqueca ou a outra doença.

Sintomas:

Os distúrbios visuais, ou aura, são considerados um "sinal de aviso" de que a enxaqueca vai começar.
A aura ocorre nos dois olhos e pode envolver qualquer um dos itens a seguir, ou todos:
  • Um ponto cego temporário
  • Vista embaçada
  • Dor nos olhos
  • Ver estrelas ou linhas em ziguezague
  • Visão de túnel
Nem todas as pessoas que sofrem de enxaquecas têm aura. As que têm, geralmente apresentam o quadro por cerca de 10 a 15 minutos antes da dor de cabeça. Entretanto,pode não ocorrer a cefaléia da enxaqueca depois da aura.
A enxaqueca pode ser leve ou severa. A dor pode ser sentida atrás dos olhos ou na parte posterior da cabeça e do pescoço Para muitos pacientes, as dores de cabeça começam sempre do mesmo lado.

Em geral, as dores de cabeça:
  • São latejantes ou pulsantes
  • São piores de um lado da cabeça
  • Começam como uma dor leve e pioram em minutos ou horas
  • Duram de 4 a 72 horas
Outros sintomas que podem ocorrer com a dor de cabeça:
  • Calafrios
  • Aumento da micção
  • Fadiga
  • Perda de apetite
  • Náuseas e vômito
  • Dormência, formigamento ou fraqueza
  • Problemas de concentração, dificuldade para encontrar as palavras
  • Sensibilidade à luz ou ao som
  • Transpiração excessiva
Os sintomas podem continuar mesmo depois de terminada a enxaqueca.


Eles podem incluir:
  • Sentir que está lento mentalmente, como se seu raciocínio não fosse claro ou preciso
  • Maior necessidade de sono
  • Dor no pescoço

Exames e testes:

Seu médico pode diagnosticar esse tipo de dor de cabeça fazendo perguntas sobre seus sintomas e histórico familiar de enxaquecas. Será feito um exame físico para determinar se as dores de cabeça se devem à tensão muscular, problemas nos seios nasais ou uma doença cerebral grave.
Não há um exame específico para provar que sua dor de cabeça seja realmente uma enxaqueca. Entretanto, seu médico poderá pedir uma ressonância magnética ou tomografia computadorizada se você não tiver feito nenhum desses exames.
Se você tem uma enxaqueca com sintomas incomuns como fraqueza, problemas de memória ou perda do estado de alerta, pode ser necessário um eletroencefalograma para excluir convulsões. 

Tratamento:

Não há cura para a enxaqueca. O objetivo é prevenir os sintomas evitando ou alterando seus desencadeadores,e devolver a qualidade de vida ao paciente.

Uma boa forma de identificar os desencadeadores é manter um Diário de Enxaqueca. Anote:
  • Quando suas dores de cabeça ocorrem
  • O grau de severidade
  • O que você comeu
  • Quantas horas de sono você dormiu
  • Outros sintomas
  • Outros fatores possíveis (as mulheres devem anotar o momento do ciclo menstrual)
Por exemplo, o Diário de Enxaqueca pode revelar que suas dores de cabeça tendem a ocorrer com mais frequência nos dias em que você acorda mais cedo que o normal. Alterar seus horários de sono pode resultar em menos episódios de enxaqueca.
Quando tiver os sintomas da enxaqueca, tente tratá-los imediatamente. A dor de cabeça pode ser menos severa.

Quando os sintomas da enxaqueca começarem:
  • Beba água para evitar a desidratação, principalmente se tiver vomitado
  • Descanse em um quarto silencioso e escuro
  • Coloque um pano frio na cabeça
Existem muitos medicamentos disponíveis para as pessoas com enxaqueca.

Os medicamentos são utilizados para:
  • Reduzir o número de ataques
  • Interromper a enxaqueca quando ocorrerem os primeiros sintomas
  • Tratar a dor e outros sintomas
REDUZINDO OS ATAQUES:

Se você tem enxaqueca frequentemente, seu médico pode receitar medicamentos para reduzir o número de ataques. Esses medicamentos precisam ser tomados diariamente para que sejam eficazes.

Esses remédios podem incluir:
  • Antidepressivos tricíclicos ( amitriptilina ou nortriptilina )
  • Medicamentos  como os betabloqueadores  (propanolol, atenolol e metoprolol)
  • Bloqueadores dos canais de cálcio (flunarizina)
  • Medicamentos anticonvulsivantes ( Ácido Valpróico,Divalproato de Sódio, Gabapentina e Topiramato)
  • Antagonistas serotoninérgicos (Metisergida,Pizotifeno)
INTERROMPENDO UM ATAQUE:

Alguns medicamentos são usados com o primeiro sinal de uma crise de enxaqueca,seu médico pode escolher entre vários tipos diferentes de medicamentos, inclusive:
  • Triptanos, os medicamentos mais frequentemente prescritos para interromper os ataques de enxaqueca, como rizatriptano, sumatriptano,naratriptano e zolmitriptano
  • Ergots como diidroergotamina
Entretanto, saiba que o abuso ou uso indevido de analgégicos pode resultar em cefaléias crônicas. As cefaleias crônicas ocorrem normalmente em pessoas que tomam analgésicos mais de 3 dias por semana de forma contínua.
Esses medicamentos vêm em diferentes formatos. E podem ser receitados na forma de sprays nasais, supositórios ou injeções, e também comprimidos orais.
Estes medicamentos para a enxaqueca provocam a vasoconstrição e não deverão ser tomados se você tiver tiver problemas cardíacos, a menos que seja recomendado por seu médico. Os ergots não deverão ser tomados se você estiver grávida ou planejando engravidar, porque eles podem causar efeitos colaterais graves no feto.

TRATANDO OS SINTOMAS:

Outros medicamentos são administrados principalmente para tratar outros sintomas da enxaqueca. Usados separadamente ou em conjunto, essas drogas podem reduzir a dor e náuseas .

Os medicamentos desse grupo incluem:
  • Medicamentos para as náuseas: Metoclopramida ou Domperidona 
  • Outros Medicamentos: Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) como o Naproxeno sódico, Ibuprofeno,Cetoprofeno,Nimesulide,Clonixinato de Lisina,Etodolaco e outros

Evolução (prognóstico):

Cada pessoa responde de maneira diferente ao tratamento. Algumas pessoas têm dores de cabeça que requerem pouco uso de medicamentos.Outras precisam usar vários medicamentos ou mesmo hospitalização ocasional.

Complicações:

A enxaqueca é um fator de risco para AVC, tanto em homens quanto em mulheres.
As enxaquecas em geral deve ser considerada um sério problema de saúde pública. Além de produzir sofrimento e incapacidade,é seguramente a causa mais comum de afastamento do trabalho,gerando um enorme ônus para a sociedade.
Recorra ao especialista se:
  • Você estiver sentindo "a pior dor de cabeça da sua vida"
  • Você apresentar dificuldades para se movimentar, enxergar ou falar, ou apresentar perda de equilíbrio, principalmente se nunca tiver tido esses sintomas junto com uma dor de cabeça
  • Sua dor de cabeça for mais grave quando você estiver deitado
  • A dor de cabeça começar repentinamente
Também  recorra ao médico se:
  • Sua dor ou o padrão regular da dor de cabeça mudar
  • Os tratamentos que fizeram efeito no passado não estiverem mais ajudando
  • Você sentir efeitos colaterais do medicamento, incluindo batimentos cardíacos irregulares, pele pálida ou azulada, sonolência extrema, tosse persistente, depressão, fadiga, náusea, vômito, diarreia, constipação, dor de estômago, cólicas, boca seca ou sede extrema
  • Você estiver grávida ou se essa for uma possibilidade, já que alguns medicamentos não devem ser tomados durante a gravidez
Consulte o site www.cente.med.br para obter mais informações sobre sintomas críticos

Prevenção:

Compreender quais são os desencadeadores da cefaleia pode ajudar a evitar as situações que causam essas dores. Mantenha um Diário de Enxaqueca para identificar a origem ou o desencadeador de seus sintomas. Depois, modifique o ambiente ou seus hábitos para evitar dores de cabeça futuras.
Outras dicas para prevenir a enxaqueca incluem:
  • Evite o consumo de álcool
  • Evite adoçantes artificiais
  • Durma bem todas as noites
  • Aprenda a relaxar e a reduzir o estresse.
Referências:
Ortiz,Fernando;Raffaelli Jr,Edgard -Cefaléias Primárias:Aspectos Clínicos e Terapêuticos (2ª edição). São Paulo:EditoraZeppelini,2002.


Silberstein SD; Young WB- Headache and facial pain. In: Goetz CG. Textbook of Clinical Neurology (3ª edição). St. Louis, Mo: WB Saunders, 2007.