quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Erenumabe é seguro e eficaz para prevenção de Enxaqueca com Aura



Nova análise indica que erenumabe é seguro e eficaz para a prevenção de migrânea com aura


O erenumabe reduz significativamente a frequência das crises de migrânea nos pacientes com história de aura, revela nova análise.

Apesar de o medicamento ter sido aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos para a profilaxia da migrânea, pesquisas anteriores sugerem que anticorpos monoclonais do receptor antipeptídeo relacionado ao gene da calcitonina humano (CGRP, do inglês Calcitonin Gene-Related Peptide), como o erenumabe, podem ser tão eficazes na migrânea com história de aura.

Em uma análise post hoc, pesquisadores constataram que o erenumabe reduziu significativamente o número de dias de migrânea por mês e o uso de medicamentos específicos para controle de crises na migrânea episódica ou crônica, independentemente da presença de aura.

"Esses achados sugerem que o erenumabe pode ser seguro e eficaz para esses pacientes", escreveram os autores.

O estudo foi publicado on-line em 21 de dezembro no periódico JAMA Neurology.

Melhora importante

Os pesquisadores analisaram dados de quatro ensaios randomizados controlados com 2.682 pacientes com migrânea, com e sem aura, tendo recebido placebo (n = 1.043) ou erenumabe (n = 1.400) na dose de 70 mg ou 140 mg. Foi descrita história de aura por 46,7% dos que receberam erenumabe.

Entre os pacientes com migrânea episódica e história de aura, os dias de crise de migrânea por mês diminuíram - 1,1 dia (intervalo de confiança, IC, de 95% de - 1,7 a - 0,6) entre os que receberam 70 mg e - 0,9 dia (IC 95% de - 1,6 a - 0,2) entre os que receberam 140 mg, em comparação aos que receberam placebo.

Entre os pacientes com migrânea crônica com aura, os dias de crise de migrânea por mês diminuíram - 2,1 dias (IC 95% de - 3,8 a - 0,5) entre os que receberam 70 mg de erenumabe e - 3,1 dias (IC 95% de - 4,8 a - 1,4) entre os que receberam 140 mg

Entre os pacientes que usaram medicamentos específicos para as crises de migrânea, o número de dias em que os medicamentos de resgate foram necessários foi significativamente menor com o erenumabe. Entre os pacientes com migrânea episódica e história de aura, a diferença nos dias de uso de medicamentos específicos para as crises de migrânea desde o início do estudo foi de - 0,9 (IC 95% de - 1,4 a - 0,3) entre os que receberam 70 mg de erenumabe e - 1,3 (IC 95% de - 2,0 a - 0,5) entre os que receberam 140 mg.

Para os pacientes com migrânea crônica, a diferença foi de - 2,4 (IC 95% de - 3,9 a - 1,0) entre os que receberam 70 mg de erenumabe e - 3,7 (IC 95% de - 5,0 a - 2,3) entre os que receberam 140 mg.

Os perfis de segurança foram semelhantes em todos os subgrupos e a diminuição dos dias de crise de migrânea por mês e do uso de medicamentos específicos para as crises de migrânea com erenumabe se mantiveram durante a análise prolongada, independentemente da presença de aura.

O estudo foi financiado pela Amgen Inc. O médico e primeiro autor do estudo, Dr. Messoud Ashina, Ph.D., presta consultoria ou assessoria científica para as empresas AbbVie, Allergan, Amgen, Eli Lilly, Lundbeck, Novartis e Teva Pharmaceuticals. A íntegra da declaração de conflitos de interesse do Dr. Messoud Ashina e seus colaboradores consta no artigo original.

JAMA Neurol. Publicado on-line em 6 de janeiro de 2022.





Nenhum comentário:

Postar um comentário