Pesquisadores descobriram o primeiro gene cuja mutação está fortemente
associado à forma mais comum de enxaqueca, o que poderia abrir o caminho para
uma compreensão melhor desta doença de causas desconhecidas, segundo estudo
publicado em 01/05/2013 nos Estados Unidos.
"Trata-se do primeiro gene descoberto no qual uma mutação está relacionada
com a forma mais comum de enxaqueca", explicou Louis Ptacek, professor de
Neurologia da Universidade da Califórnia em São Francisco,um dos principais
autores desta pesquisa.
"Isto lança uma primeira luz sobre uma doença que ainda não entendemos
claramente", disse, acrescentando que "só um número muito pequeno de pacientes
com enxaqueca tem este gene mutante".
Mas o gene chamado CKIdelta "certamente não é o único envolvido na
enxaqueca", destacou, dizendo-se "certo" de que "vários outros genes desempenham
um papel importante".
Este é o primeiro passo para compreender a enxaqueca, que afeta de 10% a 20%
da população e causa "enormes perdas de produtividade", complementou Ptacek.
Os sintomas típicos da doença são forte dor de cabeça e hipersensibilidade ao
som, ao olfato e à luz.
Para este trabalho, cujos resultados são publicados na revista americana
Science Translational Medicine, os cientistas fizeram um estudo
genético com duas famílias em que a enxaqueca é comum.
Eles descobriram que a maioria dos membros portadors de enxaqueca possuíam
o gene mutante ou são filhos de pais que tinham este gene.
No laboratório, os autores do estudo descobriram que a mutação do gene
CKIdelta afetava a produção de uma proteína chamada quinase CK2, que desempenha
um importante papel em muitas funções vitais no cérebro e no resto do corpo.
"Isto nos diz que esta mutação genética tem consequências bioquímicas reais",
concluíu Ptacek.
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